As principais hortaliças comercializadas nas centrais de abastecimento (Ceasas) no país tiveram alta nos preços. É o que revela o 2º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas em 2016, divulgado ontem pela Conab. Este comportamento já é esperado para o período e reflete a menor oferta dos produtos, provocada pelas condições climáticas mais desfavoráveis para produção de hortaliças. O estudo avalia os valores praticados em janeiro deste ano.
Entre os produtos analisados, tiveram maior destaque cenoura e tomate que registraram as maiores elevações. A menor alta da cenoura foi verificada no Rio de Janeiro, com percentual de 14,5%, enquanto a maior em Campinas, chegando a 65%. O plantio e a colheita do produto no Sul do país foram afetados pela incidência de chuvas, diminuindo a oferta do produto no mercado interno. Já o tomate chegou a registrar alta de 84,6% no Rio de Janeiro e de 70,5% no Espírito Santo. No entanto, para fevereiro a tendência é que os preços comecem a se acomodar, uma vez que os valores do produto e a diminuição das chuvas incentivem uma maior produção da cultura, aumentando a oferta de tomate.
Restrições
Também acompanharam o movimento de alta, devido as constantes chuvas, batata, registrando elevação de 20,5% em Campinas, alface com índice chegando a 37,2% em São Paulo, e cebola com acréscimo de 34% em Vitória.
O aumento dos custos registrados em 2015 tem preocupado o setor de maneira geral. Caso este movimento se mantenha, o cultivo de determinados produtos pode ser limitado, provocando reduções de área ou migração para outras culturas mais atrativas. Além disso, as altas temperaturas e a restrição de irrigação reduzem a produtividade causando tendência de alta para os próximos meses.
Fonte: DCI
Fonte: Canal do Produtor