Para desenvolver um agronegócio competitivo, o produtor não pode deixar de lado a tecnologia na sua lavoura. Não por acaso, sistemas desenvolvidos para agricultura de precisão e outras plataformas se tornaram algo imprescindível em muitos casos, gerando uma sinergia perfeita entre estas áreas. Ciente deste cenário, acontece de forma inédita o 1º Hackathon Paranaense do Agronegócio na 56ª edição da ExpoLondrina.
Hackathon Smart Agro é uma maratona que reúne programadores, designers, empreendedores e outros profissionais – neste caso, ligados ao agronegócio -, com o objetivo de desenvolver, em tempo recorde, um software ou até hardwares que atendam ao desafio estabelecido pela organização, com soluções inéditas, criativas e tecnológicas, transferindo conhecimento ao campo. Aproximadamente 80 profissionais – distribuídos em equipes de até cinco pessoas – participam do evento que começa amanhã e segue até o dia 10 abril, num total de 47 horas intensas de criação.
Trazer soluções práticas e diferenciadas ao agronegócio por meio de tecnologia de ponta – neste caso, a plataforma utilizada será o Bluemix da IBM – gerou um frisson do setor nunca antes visto quando se trata de uma feira de agronegócio. Não por acaso, em torno de 70 mentores estarão juntos a essas equipes para direcionar o andamento dos projetos. São profissionais de ponta, como por exemplo professores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) com experiência em agricultura de precisão, colaboradores de grandes players da área de Tecnologia da Informação (TI) da região, pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), além de representantes de multinacionais do agronegócio como Monsanto e John Deere. Todos eles preparados para auxiliar na criação de softwares que, de fato, tragam desenvolvimento tecnológico para o campo.
O consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) que atua na área de projetos de TI e startups Fabrício Pires Bianchi relata que é a primeira vez que a entidade presencia uma maratona de criação tecnológica como essa dentro de uma feira totalmente voltada ao agronegócio. “As equipes terão praticamente 50 horas para entregar protótipos de soluções para o setor. Pelos mentores que se disponibilizaram a participar do evento e toda a liberdade de criação que os participantes possuem, sem dúvida teremos muitos projetos interessantes no final. Essa mistura multidisciplinar para pensar em soluções inovadoras aumenta a chance de resultados interessantes”, salienta Bianchi.
Outro ponto positivo, sem dúvida, é que como a Sociedade Rural do Paraná (SRP) está sendo precursora neste tipo de evento, existe uma chance muito grande de transformar toda está área de TI de Londrina e região também num grande polo voltado a projetos tecnológicos do agronegócio. “Nosso trabalho também tem a expectativa que essas empresas sejam validadas e formalizadas como um negócio. A própria Associação Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) vai participar do evento”, complementa o consultor.
O evento possui premiação em dinheiro e também bolsas de estudo e horas de consultoria para os grupos vencedores. Os outros parceiros realizadores do evento são são Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Sercomtel, Universidade Estadual de Londrina (UEL), IBM, Arranjo Produtivo Local de TI da região de Londrina, Central de Inovação, Desenvolvimento e Negócios Tecnológicos (Cintec) e Sindicato da Indústria de Tecnologia da Informação do Paraná (Sinfor), com o apoio da Terra Roxa, Fundação Meridional, Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), Iapar, Sindicato Rural, entre outros.
Fonte: Folha de Londrina – 07/04/2016
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