Cada vez mais presente no dia a dia, o debate sobre sustentabilidade e preservação da natureza ganhou força nos últimos anos também no setor agrícola. Muitas vezes, a agricultura é vista como a inimiga do meio ambiente, como se a produção de alimentos e a natureza estivessem em campos opostos. Contudo, é possível produzir respeitando o meio ambiente, o que, no campo, se faz com o uso das chamadas “boas práticas agrícolas”. Além de conservar os recursos naturais, tais práticas elevam a produtividade de uma lavoura, gerando lucros aos produtores rurais (o que vai garantir a sobrevivência da propriedade) e envolvendo os colaboradores, as pessoas da comunidade.
Um bom exemplo de produção sustentável de grãos vem de Guarapuava, região Centro-Sul do Paraná. Com foco na gestão, há anos o Grupo Santa Maria investe nos pilares que envolvem a sustentabilidade, estamos falando de economia, desenvolvimento social e meio ambiente. Em 2014, a Fazenda Três Capões, uma das quatro propriedades rurais que integram o braço agrícola do Grupo, recebeu o Prêmio de Fazenda Mais Sustentável do Brasil pela Revista Globo Rural.
A gestão do setor agrícola do Grupo, baseada na experiência industrial no setor de celulose e papel, se tornou referência em excelente saúde financeira, colaboradores engajados e ambiente equilibrado. “Levamos para o campo o que aplicamos na indústria, com o uso de ferramentas de gestão, investindo em programas socioambientais e de valorização e capacitação de funcionários. A sustentabilidade é algo que tem que existir no dia a dia de qualquer negócio”, revela o Chief Executive Officer (CEO, o principal executivo de uma empresa) Marcelo Podolan Lacerda Vieira.
Junto com o pai, Manoel Lacerda Cardoso Vieira, Marcelo transformou o setor agrícola da empresa Três Capões – que integra as fazendas Três Capões, Capão Alto, Fazenda Limoeiro e Tunas e Tuninhas, entre os municípios de Guarapuava, Candói e Goioxim. Todos os 6,4 mil hectares de lavouras de soja, milho e trigo, durante as safras de verão e inverno, são cultivados sob o Sistema de Plantio Direto, com a rotação de culturas e Manejo Integrado de Pragas (MIP). “Nós sabemos que a adoção dessas práticas faz a diferença e só agregam valor à produção”, observa o diretor-executivo.
Além das boas práticas agrícolas, Marcelo lembra que o uso de tecnologias de última geração para aumentar a produtividade é algo frequente nas lavouras das fazendas. É o caso da Agricultura de Precisão (AP), que desde 2008, tem sido fortemente utilizada pelo Grupo. “Essa tecnologia permite e proporciona racionalidade no investimento, assim como reduz os custos a aumenta a produtividade. No caso de uma mancha na hora de aplicar fertilizantes, por exemplo, você iria aplicar ‘X’, mas acaba aplicando ‘Y’”, explica Marcelo.
Segundo o engenheiro-agrônomo Christian Ribas Sékula, gerente-agrícola do Grupo, ao longo desses anos o uso da AP resultou em aumento de produtividade nas lavouras e em uma economia de até 3% por ano na utilização de insumos. A combinação entre o uso de alta tecnologia e boas práticas agrícolas se reflete diretamente nas lavouras do Grupo. Na safra passada, por exemplo, a produtividade de soja atingiu 3.840 mil quilos por hectare, 11.580 quilos de milho e 3.480 quilos de trigo. Enquanto a mé- dia no Estado, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab), foi de 3.100, 9.095 e 3.000 quilos por hectare, respectivamente.
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Fonte: Sistema FAEP