Confira dados da alta do milho no país:
FATORES DE ALTA
*Grande escassez de milho no Brasil, especialmente nos dois maiores estados produtores do Sul do país, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ambos com grandes déficits de matéria-prima. O Rio Grande do Sul normalmente precisa comprar fora de suas fronteiras algo ao redor de 2,5 milhões de toneladas e Santa Catarina, algo ao redor de 3,5 milhões de tons. Mas, com a seca que assolou estes estados na safra de verão, a necessidade de Santa Catarina passou para “mais de 5,0 milhões de toneladas”, conforme o último Boletim da Epagri (a TF tinha apurado uma falta de 4,7 milhões de toneladas em seu relatório de Oferta&Demanda). Este déficit fez os grandes consumidores do estado buscarem trigo e milho na Argentina, como reportamos nesta semana. Os consumidores médios se alimentam do milho do Mato Grosso do Sul, que chega bastante competitivo ao estado.
*Alta dos fretes: a alta sazonal dos fretes impulsionou os preços nos meses de março e abril para o nível psicológico de R$ 100,00, que o mercado absorveu e fez com que os vendedores não recuassem deste número, impulsionando os negócios.
*No mercado internacional os preços também se elevaram consideravelmente a ponto de vários países recusarem as ofertas, por considerá-las “excessivamente altas”. As perspectivas climáticas nos EUA não beneficiam o avanço do plantio e impõem receios do lado da oferta. Enquanto isso, a demanda global permanece muito forte para a alimentação animal e a produção de etanol. Todo este quadro impulsiona os preços, tanto dos mercados futuros, como dos mercados físicos.
Fonte: TF AGRO ECONÔMICA