Os preços mínimos do café arábica e conilon da nova safra (2020/2021) terão aumento de 0,43% e de 15,31%, respectivamente, a partir de 1º de abril, informou nesta quarta-feira (4) o Ministério da Agricultura.
O preço mínimo é um parâmetro que o governo usa como “gatilho” para definir quando é necessário ajudar na comercialização do produto. Se um alimento está abaixo deste valor mínimo, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) entra em cena para garantir uma remuneração melhor para o agricultor.
Segundo o Ministério da Agricultura, o reajuste deste ano foi baseado na variação do custo de manutenção da lavoura, incluindo insumos, mão de obra e colheita.
A mudança ocorre antes do início da colheita da nova safra no país, que deve ser recorde, segundo analistas, o que poderia resultar em reduções nas cotações do mercado a patamares que disparariam o apoio governamental.
O reajuste integra “a política de sustentação de preço, garante as condições de apoio de preços que garanta ao produtor a sua permanência na atividade, em caso de crise de preço no mercado”, disse o diretor de Comercialização e Abastecimento da Secretaria de Política Agrícola do ministério, Sílvio Farnese.
A medida foi publicada nesta quarta-feira, no Diário Oficial da União, depois de aprovada pelo Conselho Monetário Nacional.
Confira os preços mínimos:
O preço mínimo do arábica subiu de R$ 362,53 por saca de 60 kg para R$ 364,09, referente ao café tipo 6, bebida dura para melhor, com até 86 defeitos, peneira 13 acima, admitido até 10% de vazamento e teor de umidade de até 12,5%.
Para os demais estados produtores de café conilon (robusta), exceto Rondônia, o preço foi de R$ 210,13 para R$ 242,31 por saca, para o café tipo 7, com até 150 defeitos, peneira 13 acima e teor de umidade de até 12,5%.
Para Rondônia, o valor foi mantido em 210,13 reais por saca, em meio a ganhos recentes de produtividade no estado do Norte.
Fonte: Reuters