O Ministério das Finanças da China anunciou nesta quinta-feira (25/10) que vai aumentar as taxas de restituição de impostos de exportação de produtos agrícolas e de consumo. A medida, segundo o governo, é um esforço para ajudar os exportadores, apesar do sólido crescimento das vendas externas no acumulado do ano.
As taxas de restituição de alguns alimentos como mel e batata doce, serão aumentadas de 5% para 10%. A medida engloba também produtos de consumo. A partir de novembro, a restituição do imposto de exportação de alguns produtos, como iluminação e vidro temperado, será aumentada de 13% para 16%, segundo a alfândega local. Desde setembro, o governo chinês já oferece descontos em produtos mecânicos e de papelaria.
“Dados da China e dos Estados Unidos (EUA) mostram que as crescentes disputas comerciais entre os dois países ainda não afetaram as exportações da China”, disse Liu Yaxin, economista da China Merchants Securities, consultoria de investimentos. Na análise de Liu, as medidas anunciadas hoje vão ajudar a aumentar as margens de lucro dos exportadores, especialmente as dos pequenos exportadores. “Mas o que importa no final é a demanda externa”, pondera Liu.
Analistas de mercado consideram que no próximo ano as exportações da China enfrentarão resistência no cenário global com adoção de sobretaxas ainda mais altas pelos demais parceiros comerciais.O Ministério disse também que vai cancelar a restituição de impostos para exportação de farelo de soja. A medida visa desestimular a exportação para melhorar a oferta doméstica.
“Essa ação deve reduzir apenas modestamente o aperto da oferta doméstica de derivados de soja. Mas a China vai continuar sendo um importador líquido de produtos de soja apesar desses esforços”, avaliou Liu.
Fonte: Globo Rural