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Gisele Loeblein: frustração com reflexos em 2016

Os estragos causados à produção de inverno continuarão a ter repercussão em 2016. Colhendo a segunda frustração de safra seguida, produtores de trigo poderão encolher ainda mais o espaço dedicado à cultura no próximo ano.<BR><BR>— O que pode salvar uma redução drástica de área é o preço — entende Luiz Paraboni Filho, presidente da Cooperativa Tritícola Erechim (Cotrel), sobre a possibilidade de eventual valorização do cereal diante da oferta reduzida.<BR><BR> <STRONG>Gisele Loeblein: estragos da chuva aumentam em até 115% preço da alface</STRONG> <BR><BR>Na região da cooperativa, no norte do Estado, a área diminuiu 15% neste ano. O dirigente afirma que a geada em setembro e o granizo estão fazendo de 2015 um ano “ainda pior do que 2014”, quando a produção gaúcha encolheu pela metade e teve problemas de qualidade causados pela proliferação de doenças.<BR><BR>— No ano passado, recebemos volume 20% menor do que o esperado na cooperativa. Neste ano, deve reduzir ainda mais, em torno de 30% — acrescenta.<BR><BR> <STRONG>Especialistas alertam que El Niño pode ser o mais forte de todos os tempos</STRONG> <BR><BR>Diante desse quadro de perdas em quantidade e qualidade imposto pelo mau tempo, especialistas alertam mais uma vez para a necessidade de o Rio Grande do Sul avançar na segregação da produção.<BR><BR>— Segregar é salvar, separar o que há de diferente, o que há de melhor. Se colheram trigo antes da chuva, separem, não misturem — recomendou o engenheiro agrônomo André Rosa, diretor da Biotrigo Genética, durante o Ciclo de Palestras do Agronegócio realizado por Zero Hora em Erechim, na sexta-feira.<BR><BR>A estimativa é de que, no Estado, apenas 5% do trigo seja segregado. Para seguir estimulando o plantio no ciclo de inverno — impedindo que se diminua ainda mais a área que fica sem nenhuma cultura no período —, também é preciso apostar em estratégias como a integração lavoura-pecuária, desenvolver um bom mercado, com agroindústrias, e aproveitar a estação para melhorar o solo, com as chamadas plantas de cobertura, ensina José Eloir Denardin, doutor em solos e nutrição de plantas e pesquisador da Embrapa Trigo desde 1976:<BR><BR>— Se os produtores não diversificarem, não têm chance de conseguir controlar a enxurrada.<BR><BR>Sem poder sobre o tempo, neste ano influenciado pelo que deve ser o El Niño mais intenso de todos , o agricultor precisa investir naquilo que pode controlar. Ao fazer o dever de casa, se resguarda de prejuízos ainda maiores.<BR><BR><STRONG><STRONG> <P><STRONG> <BR> <STRONG>Leia as últimas notícias do dia</STRONG> </STRONG></STRONG></STRONG><BR></P>
Fonte: Campo e Lavoura



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