A safra 2015/2016 do setor sucroenergético, na região Centro-Sul do país, iniciada em abril, será caracterizada pela recuperação da produtividade agrícola que, na safra passada, ficou abaixo da média histórica devido à estiagem ocorrida nas principais áreas produtoras, avalia levantamento feito pelo Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas – PECEGE/Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Mesmo com a esperada recuperação e a perspectiva de melhor remuneração para o produtor, a rentabilidade do setor sucroenergético continuará ainda abaixo das expectativas em função dos custos de produção.
O PECEGE/CNA destaca que, em comparação com o ocorrido na safra 2013/2014, haverá aumento nos custos de produção de todos os itens do setor sucroenergético. A elevação mais expressiva se dará com o açúcar VHP, de 3%. Ao mesmo tempo, no caso dos agroquímicos, espera-se aumento menor, 1,9%, em consequência da queda nos preços dos herbicidas, além da expansão da área de plantio.
Remuneração do produtor – Em relação aos preços a serem recebidos pelos produtores, indica o PECEGE/CNA, estima-se aumento de 9,8% nos preços do etanol hidratado e de 8,6% para o anidro, com base na variação do preço da gasolina divulgada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central. No caso do açúcar VHP, o aumento no preço para o produtor deverá chegar a 7,2%, com base nos valores médios dos contratos futuros do açúcar e dólar com vencimento em julho e outubro deste ano, período em que historicamente acontece o pico da comercialização do produto.
Os custos de produção agrícola estimados pelo PECEGE/CNA mostram peso decisivo do calcário (+18,33%) e dos fertilizantes, grande parte dos insumos são importados, com reajuste no preço calculado em 11,34%. Em compensação, dois itens pesarão menos: inseticidas (-11,61%) e herbicidas (-1,49%). Pesará muito, também, os encargos do produtor com mão-de-obra, aumento previsto de 8,04%.
Fonte: CNA