A possibilidade de uma safra farta – 31,6 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) –, capitaneada pela soja, esconde um problema que nem sempre está aos olhos de quem está na lida no campo. A terra que garantiu os crescentes índices de produtividade é a mesma que, se não for prioridade para o produtor, pode trazer prejuízos logo ali na frente.
O mês com duas datas comemorativas referentes ao solo é um convite à reflexão sobre os efeitos da ação do homem sobre a natureza. Entre os exemplos, as voçorocas são as marcas mais evidentes da erosão – mas muitos perigos estão também no solo compactado e no solo pobre em nutrientes.
Há quatro anos, o produtor João Vinícius Soldá arrendou 25 hectares de terra no interior de Cachoeira do Sul, ampliando a lavoura para 426 hectares. De solo arenoso e usada até então para pecuária, a propriedade precisou ser recuperada para receber as primeiras sementes de soja.
Fonte: Zero Hora