Ontem (15), operando em ambiente firme, o frango vivo comercializado no interior paulista obteve nova alta de cinco centavos. Foi o terceiro ajuste consecutivo e, com ele, a cotação retornou aos R$2,65/kg do final de janeiro. Ou de julho do ano passado.
Como vinha sendo previsto, Minas Gerais acompanhou com os mesmos cinco centavos e, assim, continua a operar com cotação idêntica à de São Paulo.
Como a recuperação coincide com o início da Quaresma, tem sido dito que esse é o típico efeito pós-Carnaval, momento em que o Brasil e os brasileiros retornam à rotina. Mas – note-se – o comportamento atual é praticamente idêntico ao de fevereiro do ano passado. E em 2015 o Carnaval “caiu” na segunda quinzena do mês (dia 17). Ou seja: as altas do frango vivo ocorreram antes desse evento.
Não que seja a única. Mas é possível que uma das explicações esteja no volume produzido. Em 2015, por exemplo, o volume de pintos de um dia produzidos em janeiro foi menor que o do mês anterior, dezembro de 2014. E, então, a reação do frango vivo começou em torno do quadragésimo segundo dia do ano – exatamente quando começam a chegar ao mercado, como frangos, os primeiros pintos alojados em janeiro.
O que se quer dizer, em suma, é que o princípio de recuperação pode decorrer não só da retomada da demanda, mas também de uma melhor adequação da produção ao mercado consumidor. E se isso for verdade, é provável que a produção de pintos de corte de janeiro tenha recuado em relação a dezembro de 2015.
Ressalte-se, de toda forma, que os atuais ajustes continuam muito aquém do necessário. Pois enquanto a cotação atual do frango vivo supera em não mais de 10% aquela registrada um ano atrás, seu principal insumo, o milho, se encontra com um preço mais de 50% superior.
Fonte: Avisite
Fonte: Canal do Produtor