Independentemente de os negócios dos cinco últimos dias de novembro virem a alterar a cotação vigente, o frango vivo negociado no interior paulista encerra o penúltimo mês de 2015 com a melhor média de preços do ano e da moderna história do setor (valores proporcionalmente maiores já foram registrados; mas nos tempos em que a produção ainda não havia adquirido características industriais).
Mas o que se quer demonstrar aqui é que, a despeito das valorizações recentes, a remuneração obtida apenas continua acompanhando a curva estacional (ou sazonal) de preços do frango vivo. O que muda, somente (e só nos últimos dois meses), é o índice de valorização, superior à média.
Ou seja: pela curva estacional, o frango vivo também chega ao melhor preço dos primeiros onze meses do ano no mês de novembro. Registra, então, valorização próxima de 17% em relação à média do ano anterior. Assim, se esse índice tivesse sido acompanhado em 2015, o preço médio do produto no mês teria girado em torno de R$2,83/kg (média de R$2,42/kg em 2014).
Mas não é isso que vem ocorrendo. Pois, neste novembro (considerado o preço médio registrado até ontem, 24, e firme em R$3,10/kg desde a primeira semana do mês), a valorização observada se encontra quase 11 pontos percentuais acima do índice sazonal, o que significa dizer que o frango vivo vem obtendo valorização de, praticamente, 28% em relação à média anual de 2014.
Devagar, porém, com o andor. Porque essa é, apenas e exclusivamente, a valorização do mês. Pois, se considerado o desempenho nestes (quase) 11 meses de 2015, o incremento em relação a idêntico período de 2014 fica pouco acima de 5,5% e, portanto, permanece negativo em valores reais, porquanto inferior à inflação dos últimos 12 meses.
Já em comparação à curva sazonal (que, neste caso, abrange as cotações registradas em duas décadas), o frango vivo mantém-se absolutamente dentro do mesmo compasso. Pois, pela curva sazonal, o produto estaria fechando os 11 primeiros meses do ano com um ganho de 6,4% sobre a média do ano anterior. Mas como, na realidade, seu preço médio anual está em quase R$2,57/kg, o ganho efetivo sobre o valor médio de 2014 (R$2,42/kg) é de quase 6,2%. Ou seja: a diferença, ínfima, é de apenas 0,2 ponto percentual.
Fonte: Avisite
Fonte: Canal do Produtor