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FRANGO PARA TODO LADO

Há dez anos o Brasil trabalha para manter a posição de líder no ranking mundial de exportação de carne de frango. A qualidade, sanidade e preço contribuíram para o aperfeiçoamento do setor que hoje leva o produto para mais de 150 países.

- Todo esse resultado somente é alcançado devido à capacidade produtiva do Brasil, que gera produtos de qualidade e em quantidade regular, sempre atendendo aos requisitos exigidos por nossos compradores internacionais – afirma Victor Ayres, assessor técnico da Comissão Nacional de Aves e Suínos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o mercado mundial de frango segue competitivo e os Estados Unidos ocupam o segundo lugar no ranking de exportação do produto com 28%, em terceiro a União Europeia 9% e em quarto a Tailândia e China com 4% das vendas.

Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Brasil responde por aproximadamente 40% da carne exportada no mundo.

O desempenho e determinação dos avicultores brasileiros resultaram em novo recorde de exportação no mês de julho. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram que os embarques do produto somaram 409,8 mil toneladas, um aumento de 21% se comparado a 337,2 mil toneladas exportadas no mesmo mês de 2014. Em receita, os embarques também cresceram e renderam US$ 685,1 milhões em julho, acréscimo de 2,7% em relação aos US$ 667 milhões do mesmo período do ano passado.

Produção – A abertura de novos mercados e o aumento das exportações devem elevar a produção brasileira de carne de frango em 2016 e subir 3,8%, totalizando 13,5 milhões de toneladas, ante 13 milhões de toneladas em 2015, segundo estimativa do USDA. Hoje os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar no ranking de produção mundial do produto com 20%, em seguida a China empatada com o Brasil, ambos com 15 %.

Uma pesquisa feita pelo Avisite indica que, em 2019, o Brasil deverá produzir 29,599 milhões de toneladas de carnes, sendo a carne de frango responsável por 50,32% desse total, somando assim, produção de 14,894 milhões de toneladas. A de carne bovina será de 10,589 milhões, e a de carne suína, 4,116 milhões de toneladas nesse mesmo ano. Responsável por mais de 30% da produção brasileira de frango, o Paraná ampliou para 34,9% a participação em volume nas exportações brasileiras no primeiro semestre. A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que ao todo, as exportações do produto do estado totalizaram 592,7 mil toneladas nesse período, um avanço de 17,8% em comparação com as 588,02 mil toneladas comercializadas em 2014.

Já com relação ao abate de frangos, o Paraná atingiu 152,4 milhões de cabeças no mês de julho. Segundo o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar) o volume é 9% maior do que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando foram abatidas 139,2 milhões de cabeças. Ainda de acordo com o Sindicato, no acumulado de janeiro a julho, o estado abateu 953 milhões de aves.

Consumo

Atualmente a carne de frango é a proteína animal mais consumida no Brasil e está entre os dez maiores consumidores no mundo. De acordo com Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o consumo doméstico da carne corresponde a 45 kg per capita por ano. Em 2014, consumo per capita da carne fechou em 42,8kg, conforme dados divulgados pela ABPA no início deste ano.

Produção Integrada

A Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) tem se empenhado para regulamentar os contratos de integração nas atividades agrossilvipastoris e as relações contratuais desse sistema. No final de agosto, em 20/08, a entidade participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir o projeto de Lei da Integração (PL nº 6.459/2013).

Na proposta, critérios como custos de produção, preço de mercado dos produtos da cadeia, indicadores de eficiência, entre outros temas, poderão ser incluídos e serão os alicerces da remuneração do produtor integrado, incluindo os avicultores. Para tentar resolver os impasses, a CNA defendeu que a metodologia empregada para se estabelecer a remuneração do produtor fosse desenvolvida por grupo técnico paritário, composto por produtores e indústrias intermediado pela academia.

Segundo o assessor técnico da CNA, Victor Ayres, o modelo de remuneração adotado pelo sistema de integração é o principal problema do desequilíbrio na relação contratual entre as partes.

- O modelo não é discutido com critérios e diretrizes bem definidos sobre o que deve pesar na remuneração ao produtor. Dessa forma, a CNA continuará trabalhando para harmonizar esta relação e obter equidade distributiva na participação dos resultados financeiros – afirmou.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA



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