Em seu recém-lançado “Outlook 2027”, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) estima que dentro de 10 anos a avicultura brasileira estará produzindo um volume de carne de frango 22% superior ao previsto para este ano, enquanto a produção de ovos tende a um crescimento de 38%.
De maneira geral, a indústria do ovo mantém um potencial de crescimento maior que o da indústria do frango. Assim, enquanto as exportações de carne de frango podem ser expandir a um ritmo anual de 2,7% e acumular 31% de expansão até 2027, para as exportações de ovos é previsto incremento de mais de 6% ao ano e uma evolução, em 10 anos, de 80%.
Também a demanda doméstica do ovo cresce a um ritmo maior que a da carne de frango – praticamente o dobro. Ou 3,3% ao ano (38% até 2027) contra 1,7% (total de 18%) da carne de frango.
Em decorrência, torna-se ainda mais significativo o aumento no consumo per capita de ovos: 19,7 dúzias (236,4 unidades) em 2027, contra 14,9 dúzias (menos de 180 unidades) em 2017 – incremento, portanto, de 2,8% ao ano, 32% no total.
Já para o frango é previsto aumento de apenas 11% no consumo per capita (pouco mais de 1% ao ano) – o que, mesmo assim, equivale a um adicional de 4,7 kg.
Apesar, porém, da potencialidade maior, as exportações podem continuar tendo pequena participação na produção total de ovos: em 2027, pouco mais de 0,20% do volume produzido frente, por exemplo, a 36% da produção total prevista para a carne de frango.
Ressalve-se, no entanto, que as projeções de exportação de ovos se baseiam no desempenho observado nos últimos anos. Ou seja: o esforço do setor pela expansão do mercado externo do produto pode propiciar resultados totalmente diferentes dos que ora são projetados.
É oportuno observar, por fim – em relação especificamente à carne de frango – que, pela tabela, a soma do volume exportado e do demandado internamente supera a produção prevista tanto em 2017 como em 2027. Quer dizer: uma vez que a exportação tende a alcançar os resultados apontados, ou a produção total será maior ou a demanda doméstica menor. Mas isso pouco importa, pois o que interessa, mesmo, são os índices de evolução previstos.
Fonte: Avisite