O Fórum Brasileiro do Feijão 2015 será realizado em Foz do Iguaçu, de 24 a 26 de junho, no Hotel Recanto Cataratas. O objetivo do fórum é mostrar as novas alternativas e perspectivas para a produção, comercialização e a exportação do feijão. O evento é realizado pelo IBRAFE – Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses e a abertura será feita pelo presidente do instituto, Marcelo Eduardo Lüders, no dia 24, às 18h30. A organização espera um público de aproximadamente 300 profissionais de diferentes regiões do Brasil e dos países Latino Americano.
Fazer um evento específico para falar de feijão, não é tão comum e isso motivou o Fórum a ampliar as informações e conhecimentos sobre este alimento que está no prato de sete de cada 10 brasileiros. O evento conta com a participação de profissionais que vão desde o pesquisador, produtor, até o consumidor, passando por fornecedores de grãos, exportadores e importadores, empacotadores e supermercados.
O evento também quer discutir o “beco sem saída” que o feijão carioca colocou a cadeia produtiva. Ele só é produzido no Brasil, assim quando há falta não há de onde importar e quando há sobras não tem para quem exportar.
- Muitas vezes ha falta de feijão carioca no mercado, seja pela ação climática ou até por momentos de desestimulo do produtor com os baixos preços, e não há de onde importar, fazendo, em seguida, explodir o preço do feijão, que nestes momentos passa a levar a má fama de ser o vilão da inflação – informa o presidente do IBRAFE e coordenado do Fórum, Marcelo Eduardo Lüders.
O Fórum do Feijão pretende abordar diversos assuntos, que estão em pauta no cotidiano dos envolvidos com este alimento. A organização do evento definiu temas variados e que podem ser conferidos no site http://www.forumfeijao.com.br/, visando ampliar o número de informações em torno do grão e desta forma, alavancar ainda mais o consumo e comercialização.
Os palestrantes vão abordar assuntos como; Exportação – Oriente Médio e Ásia abrem as portas; Projeto mais Feijão – A escola e o feijão e 2016 – O ano internacional do Feijão e Pulses, ministrado por Cindy Brown, da USA CICILs (Confederação Internacional dos Legumes Secosc).
Também terá palestras para debater assuntos como, O Mercado Mundial – Perspectivas NDBC (National Dry Bean Council/USA); Organização – juntos somos mais fortes; Feijão Gourmet: O Que temos para plantar já e para encerrar, o presidente da IBRAFE, Marcelo Eduardo Lüders, vai falar sobre o tema “O respeito pelo Feijão Brasileiro”. Será lançado o programa Mais Feijão – Preço Nacional. Uma iniciativa que vai facilitar a obtenção de referencias de preços, algo que hoje não existe.
Feira de negócios
O Fórum do Feijão também terá uma Feira de Negócios, onde os profissionais terão a oportunidade de conferir sementes, produtos, equipamentos e serviços de última geração. A intenção da feira também é promover o contato direto entre os agentes da cadeia produtiva. Ela será propicia a que todos prospectem mantenham novas relações.
Além da interação entre a feira e os participantes, os patrocinadores do evento também poderão ter suas marcas em evidência, com objetivo de estreitar ainda mais o contato entre vendedor e produtor.
Exportação
A exportação do feijão vem crescendo ano a ano. Em 2014 o Brasil exportou 65 mil toneladas do grão e este ano deve chegar a 100 mil toneladas. O feijão de corda, que é produzido no Mato Grosso/MT, é um dos mais requisitados pelos países da Ásia, Índia, Paquistão e Egito.
O setor está otimista, pois os produtores têm mostrado grande interesse em transformar o Brasil em um player importante neste mercado mundial.
Regiões produtoras no Brasil
O Paraná é considerado o líder na produção de feijão. Somente com a safrinha deste ano, o estado deve colher 409 mil toneladas, 84 mil a mais que na safra das águas, em Minas Gerais, segundo maior produtor no Brasil. Em média, 30% dessa produção saem dos Campos Gerais, no Paraná, que é produtor do feijão preto, carioca, vermelho e rajado.
Consumo – Segundo o IBRAFE o consumo, per capita de feijão no Brasil tem se mantido próximo a 16,5 kg/habitante/ano. Segundo o IBRAFE em alguns anos temos produzido menos do que consumimos. Há necessidade de regular o abastecimento para que o consumo per capita possa seguir aumentando.
Houve uma profunda mudança na percepção que o brasileiro tem do feijão. Passou a ser citado com orgulho com nosso alimento típico numero um. Não é mais encarado como “alimento de pobre” como era até os anos 90.
Os dados dão conta também que os países em desenvolvimento são responsáveis por 86,7% do consumo mundial. Já as Américas respondem por 43,2% do consumo mundial, seguidas da Ásia (34,5%), África (18,5%), Europa (3,7%) e Oceania (0,1%).
Tipos de feijão
Você sabia que existem milhares de cores e tipos de feijão? Na escala dos mais conhecidos está o feijão preto, plantado em 20% da área produtora desta cultura. O Rio Grande do Sul, Santa Catarina, sul e leste do Paraná, Rio de Janeiro, sudeste de Minas Gerais e sul do Espírito Santo são os estados que mais consomem.
O outro grão famoso é o carioca, que é aceito em praticamente todo o Brasil. Por isso, 52% da área cultivada são semeadas com este tipo grão. O feijão caupi ou feijão de corda é o mais aceito na Região Norte e Nordeste, com 22 % da área cultivada. Cerca de apenas 6 % são cultivados com os feijões de cores variadas.
História do feijão
O feijão está entre os alimentos mais antigos, remontando aos primeiros registros da história da humanidade. Achados arqueológicos apontam para a existência de feijoeiros domesticados cerca de 10.000 a.C.. As ruínas da antiga Tróia revelam evidências de que os feijões eram o prato favorito dos guerreiros troianos. A maioria dos historiadores atribui a disseminação dos feijões no mundo em decorrência das guerras, uma vez que esse alimento fazia parte essencial da dieta dos guerreiros em marcha. Os grandes exploradores ajudaram a difundir o uso e o cultivo de feijão para as mais remotas regiões do planeta.
ONU declara 2016 o ano das leguminosas (IYOP)
A ONU declarou 2016 como um Ano Internacional das Leguminosas (IYOP). A meta do ano é elevar o perfil das pulses e para comemorar o papel de feijão, grão de bico, lentilhas e outras leguminosas na alimentação do mundo. O objetivo é divulgar o quanto esses alimentos da cadeia dos pulses, podem ser benéficos à saúde, a nutrição e a sustentabilidade.
O IYOP 2016 vai promover uma ampla discussão e cooperação nos níveis nacional, regional e global para aumentar a consciência e compreensão dos desafios enfrentados pelos agricultores de pulses, sejam fazendas de grande escala ou pequenos proprietários de terra.
O que são pulses
Pulses ou leguminosas define os produtos que compõe o grupo de 12 culturas que inclui feijão, ervilhas secas, grão de bico e lentilhas. Eles são ricos em proteínas, fibras e várias vitaminas, fornecem aminoácidos e são culturas saudáveis. Eles são mais populares nos países em desenvolvimento, mas são cada vez mais reconhecidos como base e de uma dieta saudável.
Pulses estão entre culturas mais sustentáveis que estão a disposição dos produtores. Necessita de apenas 43 litros de água para produzir um quilo de pulses, em comparação com 216 para a soja e 368 para o amendoim. Eles também contribuem para a qualidade do solo através da fixação de nitrogênio no solo.
Inscrições para o Fórum do Feijão
As inscrições para o Fórum do Feijão estão abertas e podem ser feitas pelo site http://www.forumfeijao.com.br/. Os interessados em participar no evento, devem observar cuidadosamente em qual modalidade que se encaixa. Os valores e forma de pagamento também estão discriminados na página da web.
Informações pode ser via e-mail: inscricoes@alvoeventos.com.br, ou pelo telefone da Alvo Eventos, empresa organizadora do Fórum do Feijão – Fone/FAX: (45) 3025-2121
Fonte: Fórum do Feijão