O excesso de chuvas tem atrapalhado a colheita nos Campos Gerais. Até o momento, as máquinas alcançaram metade dos 530 mil hectares da região, última a colher no Paraná.
- Os trabalhos não conseguem ter sequência. No fim de semana choveu e parou tudo – relata o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura, Francisco Simioni.
A qualidade do grão não foi afetada até o momento. Porém, a soja exposta à umidade pode aumentar os custos de produção com secagem e aplicação extra de defensivos. Três dias ininterruptos de sol seriam suficientes para recuperar o tempo perdido.
Na propriedade de Nereu Serenato, em Teixeira Soares, nos Campos Gerais, a colheita ultrapassa 80%, adiantada para os padrões da região. No entanto, para manter a produtividade média de 4,2 mil kg/ha nos 380 hectares plantados com soja o gasto será maior.
- Na soja precoce, nós fizemos dois tratamentos com defensivo. Mas nas tardias teremos que fazer até quatro por causa da ferrugem – conta Serenato.
Pelas contas do irmão, Luiz Alberto, cada aplicação aumenta em 5% os custos. Se o ritmo está um pouco aquém nos Campos Gerais, no Noroeste, Oeste e Centro-Oeste do estado a colheita está praticamente finalizada. Apenas o Norte acompanha o atraso. A região deveria ter colhido 79% das lavouras, mas o índice está em 72%.
- Por conta da estiagem atípica em novembro, plantou-se mais tarde do que de costume. Agora são as chuvas no momento da colheita que atrapalham – explica o diretor do Deral.
No Paraná, a colheita está em 80% de área, próxima à média das safras anteriores.
Fonte Gazeta do Povo