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FIM DO PROTESTO

Os caminhoneiros e empresários do transporte de carga em Mato Grosso liberaram as rodovias federais no Estado. Uma audiência entre o senador José Medeiros (PSD-MT) com o presidente Michel Temer está marcada para quinta-feira, 19 de janeiro, e o movimento dos transportadores é a principal pauta. Representantes da categoria devem se reunir com o Governo de Mato Grosso na tarde desta quarta-feira (18/01) para ver a possibilidade de implantação da tabela de frete mínimo da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) valer em caráter obrigatório.

Cerca de 10 mil caminhões, principalmente graneleiros, estão parados em meio às rodovias, postos de combustíveis e garagens de empresas em Mato Grosso desde o dia 13 de janeiro, além de outros Estados que aderiram ao movimento na terça-feira (18/01).

A principal reivindicação dos caminhoneiros e empresários do transporte de carga em Mato Grosso é quanto a um frete remunerativo. Segundo eles, o valor pago hoje não cobre os custos operacionais. Somente o combustível o gasto equivale a mais de 50% dos custos.

Uma reunião entre representantes do Movimento dos Transportadores de Carga (MTG), o senador José Medeiros e o superintendente da Polícia Rodoviária Federal em Mato Grosso (PRF-MT), Arthur Nogueira, foi realizada em Rondonópolis e em Nova Mutum.

Na ocasião ficou acordada uma reunião para às 16h com o Governo de Mato Grosso, mais precisamente o vice-governador Carlos Fávaro. Além disso, uma audiência entre o senador José Medeiros e o presidente Michel Temer foi agendada para quinta-feira (19/01) às 15h.

- O que eles (setor do transporte) queriam era ser atendidos neste momento. Já me comprometi a ajuda-los na tramitação do projeto quando chegar ao Senado – declarou José Medeiros em vídeo postado nas redes sociais, após a reunião com o setor do transporte de cargas. 

Conforme o empresário e representante do Movimento dos Transportadores de Carga (MTG), Gilson Baitaca, na reunião com o vice-governador e com a Secretaria de Estado de Fazenda será solicitada a implantação da tabela de preço mínimo da Sefaz em caráter obrigatório.

- Vamos buscar que o Estado aplique essa tabela mínima. Conseguimos, também, junto às tradings atingir o valor da tabela do frete, que deverá ser estendido para outros Estados. Além disso, há um canal aberto com a Amaggi que deverá fazer uma reunião com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e nós deveremos participar para fazer um planejamento de frete – pontua Baitaca.

Crise

O setor do transporte de cargas, principalmente de grãos, vem passando por uma crise há três anos aproximadamente, tendo o seu “enterro do segmento” com a quebra da safra 2015/2016, onde somente entre soja e milho foram quase 9 milhões de toneladas a menos produzidas.

Em 2015, como acompanhado pelo Agro Olhar, os caminhoneiros em Mato Grosso chegaram entre os meses de fevereiro e março a bloquear as principais rotas de escoamento da produção de grãos. Em todo o país foram realizados manifestos em prol de melhores condições de trabalho e um frete que cubra os custos de produção.

O projeto de lei 528/2015 foi criado após as paralisações realizadas no primeiro semestre de 2015, aonde em Mato Grosso todas as principais rotas de escoamento da produção agropecuária com destino aos portos chegaram a ficar bloqueadas. O texto visa o estabelecimento de uma tabela de preço mínimo para o frete, que hoje não cobre os custos de operação do setor de transporte de cargas.

Fonte: Olhar Direto



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