Para evitar a queda na comercialização de bezerros e uma possível alta na carne, a exigência de certificado para matrizes bovinas nas operações de financiamento do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) está suspensa.
A solicitação ao Condel (Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste) partiu do Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), sob a justificativa de que o documento dificultava o financiamento.
Segundo o coordenador do departamento técnico do Sistema Famasul, Justino Mendes, na rotina do produtor é impossível ter este certificado. “Esse documento só existe quando é puro sangue, mas com raças diferentes não há como certificar a origem do bezerro. Não há como controlar o cruzamento de todas as vacas. Imagina quando se compra um lote com 100, por exemplo, não há como a ABCZ, que é a entidade de classe, cuidar disso”.
O pedido foi realizado no dia 28 de janeiro, pela Federação junto a outras entidades representativas, no mesmo dia que foi aprovada pelo conselho estadual e enviada ao Condel.
Quando foi criado, o FCO tinha o objetivo de contribuir para o desenvolvimento econômico e social da Região, mediante a execução de programas de financiamento aos setores produtivos. Até fevereiro de 2016, o produtor rural de Mato Grosso do Sul recebeu para financiamento da bovinocultura de corte R$ 5,6 milhões e tem uma demanda de R$ 81,5 milhões, aguardando aprovação.
“O Fundo é um importante instrumento de desenvolvimento em todas as esferas produtivas, fomentando novos investidores, novos empregos e desenvolvimento para MS”, ressalta Saito.
Para obter financiamento com recursos do Fundo, o produtor deve encaminhar a proposta mediante carta-consulta a ser entregue na agência bancária, documento que será analisado pelo Conselho Estadual. Para que não haja demora, o Sistema Famasul orienta que os produtores rurais atualizem o cadastro junto ao seu banco e assim, agilizem a liberação do crédito rural.
Fonte: Campo Grande News
Fonte: Canal do Produtor