A soja voluntária, que nasce espalhada depois da colheita, é só o que se vê é nos campos do grão nesta época do ano. O plantio da nova safra deve começar apenas em setembro, mas os produtores podem ficar otimistas graças às geadas. O fenômeno que vem sendo comum neste inverno funciona como uma espécie de manejo natural, retardando o aparecimento da ferrugem asiática, a principal doença que atinge as lavouras de soja.
A doença tem uma fase que não pode ser identificada a olho nu, podendo estar alojada na soja voluntária sem que o produtor perceba. A geada atua, portanto, duplamente na plantação, matando a soja voluntária e, com ela, a ferrugem asiática. Em um período sem o manejo natural, o principal erro dos produtores é deixar para aplicar o defensivo agrícola quando a doença já está visível.
- Quando a enxergamos numa folha, numa ferrugem, numa mancha, é o final do ciclo da doença. Faz 10 dias, 15 dias que ela estava na folha só que não era visual, então essa aplicação preventiva visa reduzir esse dano porque se eu não faço a aplicação correta, eu aplico quando a doença já se instalou, e o produto não vai funcionar, eu tenho que reaplicar o produto e não funciona novamente, gasto mais e colho menos – explica o engenheiro agrônomo, Marcelo Madalosso.
Fonte: G1 – RS