O frio de fraca intensidade registrado no inverno recém-encerrado indica que os ataques da ferrugem asiática na safra 2017-18 tendem a ser mais severos nas lavouras do Rio Grande do Sul. Especialistas atestam que ao contrário da safra passada, quando baixas temperaturas praticamente eliminaram das áreas de plantio a soja voluntária ou ‘guaxa’, reduzindo os riscos de incidência da ferrugem, este ano os produtores devem ligar o alerta em relação às condições amplamente favoráveis ao surgimento da doença.
De acordo com a coordenadora de fitopatologia do Instituto Phytus e doutora em engenharia agrícola, Mônica Debortoli, é possível que a presença do fungo causador da ferrugem nas lavouras gaúchas seja detectada já no início da safra. A especialista recomenda ao produtor antecipar a primeira aplicação de fungicidas, preventivamente, no período de até 40 dias após o plantio.
Para o pesquisador e Phd em fitopatologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM-RS), Ricardo Balardin, uma das principais recomendações ao produtor é realizar o manejo correto da cultura, com a observância da época ideal para a semeadura e a escolha de cultivares adequadas. Encurtar o ciclo da soja para até 115 dias é outra medida importante, diz Balardin. Ele também entende que o tratamento químico da soja deve ser realizado preventivamente.
Programa de fungicidas – O tratamento da soja com a utilização preventiva e combinada dos fungicidas DuPont Vessarya® e DuPont Aproach® Prima elevou a produtividade da oleaginosa em até 4 sacas por hectare, segundo dados obtidos em 450 campos experimentais da DuPont Proteção de Cultivos montados na safra 2016-17.
De acordo com o gerente de fungicidas da empresa, engenheiro agrônomo Manoel Pedrosa, a aplicação do programa resultou no controle eficaz da ferrugem e de outras doenças da soja, como mancha-alvo e oídio.
O fungicida Aproach® Prima, explica o agrônomo da DuPont, contém a estrobirulina mais potente do mercado associada a um triazol. Já o fungicida Vessarya®, acrescenta ele, resulta da mistura dos ingredientes ativos picoxystrobina e benzovindiflupir.
- De todas as estrobirulinas do mercado a picoxystrobina mostra uma performance interessante, trata-se de um produto bastante eficiente – diz Mônica Debortoli, do Instituto Phytus.
Segundo ela, a eficiência do fungicida Vessarya® ficou comprovada no controle da ferrugem e de doenças de final de ciclo. Mônica integra um grupo de especialistas que vem estudando a ação das carboxamidas no manejo da sojicultura.
Balardin, da UFSM-RS, afirma que um dos diferenciais de Vessarya® é a molécula formada por uma estrobirulina e uma carboxamida de amplo espectro de controle.
- Quando aplicado preventivamente, o produto entrega um nível de controle bastante satisfatório – assinala o pesquisador. – O fungicida Vessarya®, efetivamente, é uma grande alternativa para controlar a ferrugem da soja no Rio Grande do Sul – acrescenta.
- O grande diferencial do Vessarya® é o controle da ferrugem asiática e de outras doenças de final de ciclo, porque a picoxystrobina mostra ótima eficiência. Se compararmos a picoxystrobina com outras estrobirulinas veremos que ela permanece com alta eficiência. Outra novidade desse produto é o poder de controle do benzovindiflupir – complementa Carolina Deuner, pesquisadora da Universidade de Passo Fundo (UPF).
Para os pesquisadores ouvidos, a inserção das carboxamidas no programa de tratamento da soja auxilia o produtor a executar o manejo de resistência do fungo causador da ferrugem aos fungicidas comercializados no Brasil.
- As carboxamidas são um novo grupo e uma excelente ferramenta para compor a rotação de produtos – enfatiza Caroline Wesp, doutora em fitopatologia e pesquisadora da CCGL Tecnologia.
Manoel Pedrosa, da DuPont, lembra que a aplicação dos fungicidas do tipo multissítio também é indicada visando o controle eficaz de doenças da oleaginosa.
- Os multissítios têm papel decisivo na estratégia de manejo de resistência. O produtor também não deve fazer mais de duas aplicações de fungicidas à base de carboxamidas por ciclo da soja – adverte o agrônomo.
Outras recomendações importantes, segundo ele, são o respeito ao vazio sanitário, o plantio de variedades com tolerância genética e de ciclo curto e a adoção de boas tecnologias de aplicação de produtos.
Fonte: Informações de Assessoria