Há um ano, o Plano Integrado de Desenvolvimento da Bovinocultura de Corte, conhecido como Pecuária Moderna, ganhava os primeiros traços no Paraná. Lançado pelo governo estadual em parceria com a FAEP e outras entidades dos setores público e privado, o programa traça metas para impulsionar a atividade em pastos paranaenses até 2025. Atualmente, a cadeia estadual da proteína vermelha ocupa um papel tímido no cenário nacional.
Para atingir tal patamar de excelência, a Pecuária Moderna estabelece algumas medidas, como a redução da idade média de abate de 37 meses para 30 meses, incremento no peso vivo e no rendimento de carcaça por cabeça e o aumento na densidade de animais de 1,4 cabeça por hectare para 2 cabeças/ha.
A revitalização da cadeia bovina no Paraná não é algo simples, e demanda tempo. Porém, mesmo após apenas 12 meses do lançamento do programa, algumas fazendas do Estado já apresentam dados surpreendentes, que reforçam ser possível melhorar os atributos do rebanho estadual, por meio de tecnologia, planejamento e investimento.
Na fazenda Cacic, em São Miguel do Iguaçu, na região do Oeste do Estado, os animais machos são abatidos com cerca de 13 meses e 18 arrobas, enquanto as fêmeas entre 11 e 12 meses e 14 arrobas – dados do abate do último mês de junho. Há três anos, quando um trabalho para otimizar a atividade entrou em vigor, os dados eram bastante diferentes, com o abate ocorrendo próximo dos dois anos de vida do animal. No período ainda mais logo, o abate na Cacic ocorria com 36 meses.
“Não é de ontem para hoje que se chega neste nível de precocidade. O trabalho começou há algum tempo e os resultados estão aparecendo”, explica o proprietário da Cacic, Marcos Samek. “Não dá para matar um boi com três anos. O programa Pecuária Moderna está atrás do que está acontecendo na fazenda Cacic, que comprova que a pecuária bem conduzida traz resultados para o negócio e, claro, lucro”, reforça Ágide Meneguette, presidente da FAEP, que esteve presente no Dia de Campo na propriedade, na primeira semana de agosto.
O encurtamento do tempo de abate também permitiu ampliar o rebanho da fazenda. Em 2013, eram 670 cabeças. Hoje, 1,2 mil animais ocupam 264 hectares dedicados à pecuária – outros 360 hectares são voltados para o plantio de grãos. “Como encurtou a idade do abate, desafogou as áreas e permitiu aumentar o rebanho”, explica Paulino Takao Sakai, consultor de pastagem da Cacic.
Os dados técnicos apresentados ao longo do Dia de Campo comprovaram que a Cacic segue, de cabo a rabo, as premissas do programa Pecuária Moderna: acompanhamento técnico, forragem, Integração Lavoura-Pecuária, genética e sanidade.
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Fonte: Sistema FAEP