A Consultoria Trigo & Farinhas aponta que nesta semana foram atualizados para baixo os preços das farinhas, que “voltaram ao seu leito normal para o ano, depois de uma tentativa mal sucedida de elevação no início do mês. Estima-se este declínio médio entre 3% e 5% para as farinhas de panificação e entre 20% a 25% nas farinhas industriais, neste ano, motivadas pela deterioração da economia brasileira, que provocou a perda de 1,65 milhão de empregos nos últimos 12 meses”.
“O fato principal sobre as farinhas é que há apenas mais um mês de programação, em novembro, para três meses de moagem e custos – outubro, novembro e dezembro, porque praticamente todo o setor irá parar em dezembro para manutenção e uma vez que a demanda, de um modo geral, não está ativa, mas, ao contrário, está em forte declínio”, afirma o boletim da T&F.
“Com isto, os fabricantes de produtos industrializados, como massas e biscoitos, estão tendo muita dificuldade de repassar os eventuais aumentos de preços para os consumidores finais que, por seu lado, tem o terrível poder de não barganhar, mas simplesmente deixar de comprar, por considerarem supérfluos estes produtos”, avalia o analista sênior da Consultoria, Luiz Carlos Pacheco.
“Para este ano, portanto, não estamos esperando novo aumento nos preços das farinhas, tanto porque o ano comercial está acabando, como porque não se espera aumento brusco na demanda no final do ano. Os moinhos que conseguirem manter a sua programação normal nos próximos meses já terão conseguido um bom resultado”, explica.
Segundo ele, “o argumento da elevação do dólar não cola mais, porque o dólar está caindo (recuou 2,59% em outubro), embora ainda esteja elevado, mas esta elevação já foi repassada anteriormente. A quebra da safra e a consequente necessidade de trazer trigo importado é, no momento, o argumento mais forte”.
Fonte: Agrolink
Fonte: Canal do Produtor
