Após levar 1,5 mil agricultores paranaenses a Brasília para um protesto a favor da aprovação do impeachment da presidente Dilma Roussef (PT) na Câmara dos Deputados na última semana, o foco da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) agora é o Senado. Em entrevista ao Agronegócio Gazeta do Povo, Ágide Meneguette, presidente da entidade, cobra celeridade no processo. Para o dirigente, aprovar o impedimento de Dilma é o primeiro passo para avançar em direção ao que o país precisa para recuperar a confiança em si mesmo e dos investidores.
O que esperar após o desfecho da aprovação do pedido de Impeachment na Câmara dos Deputados?
O que nós esperamos é o que o Senado Federal aprecie com agilidade a admissibilidade do impeachment da presidente atual. Sabemos que há um prazo para o rito ser cumprido, mas a partir do momento em que se aceita, evidentemente é que o vice assume. Com isso, vejo que acaba uma agonia que estamos vivendo. Precisamos ter um governo onde todos os brasileiros se unam para recuperar a economia.
Com um novo governo, quem está cotado para assumir o Ministério da Agricultura?
Eu não estou tão preocupado com essa questão. Na verdade, o ministro da agricultura vai cumprir as diretrizes fornecidas a ele. Eu vejo que teremos um ajuste na nossa economia. Todos nós sabemos que a economia está destroçada, que está faltando recursos para saúde, os investimentos praticamente não existem. Temos de esperar fase difícil, na qual os remédios serão amargos.
O senhor acha que o nome de Ronaldo Ramos Caiado aparece forte como possível ministro da pasta?
Caiado é um grande brasileiro. Além de médico, é produtor rural. É uma pessoa que está preparada. Mas, evidentemente, isso vai depender de quem vai ser o presidente. Acredito que isso é uma decisão pessoal do presidente da república, e qualquer presidente sabe da importância que o agronegócio tem para o nosso país.
Qual a expectativa da Faep em relação a um novo governo?
Estamos vivendo um momento em que a sociedade tem que trabalhar para reconstruir o que foi sucateado nos últimos anos. Vamos ter remédios amargos, mas o presidente tem que comandar o país. É preciso saber que quem gera emprego, quem gera riqueza é a economia privada. Precisamos de concessões, se quisermos evoluir com novos portos, aeroportos, rodovias e etc.
Na sua opinião o que acontece se o governo atual ficar?
A economia já está afundada. Se o mesmo grupo continuar mandando no país teremos um caos social. O pior de tudo é que nós brasileiros não estamos mais acreditando no nosso país. Para isso, tem que haver mudança.
Fonte- Gazeta do Povo – 20/04/2016
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