Com um total de US$ 500 milhões comercializados em fevereiro, o agronegócio gaúcho registra uma queda de 5,8% nas exportações na comparação com o mesmo período de 2016. O resultado positivo de produtos de grande importância como soja (8,6%), carnes (24,6%) e cereais (48,6%) não foi suficiente para reverter o cenário que teve o fumo (-36%), produtos florestais (-29,4%) e outros (-16,3%) como responsáveis pela retração. Mesmo com resultado negativo, o setor respondeu por 64% do total comercializado pelo Rio Grande do Sul, conforme Relatório de Comércio Exterior, divulgado pela Assessoria Econômica do Sistema Farsul.
Na comparação entre os meses de janeiro e fevereiro de 2017, o resultado também foi negativo. São registradas quedas no valor (-27,4%) e no volume (-42,2%), o que representa uma redução de US$ 190 milhões. Soja (-70,4%) e produtos florestais (47,7%) foram os principais ofensores que, juntos, somam US$ 211 milhões a menos nas vendas. Mesmo que em uma escala menor, carnes (-2,8%) e cereais (-12,4%) também registraram diminuição nas vendas.
Apesar dos números de fevereiro, no acumulado do ano o resultado de 2017 é 15% superior ao de 2016. Os dois primeiros meses do ano registram um aumento de US$ 156 milhões no valor comercializado. O resultado vem do bom desempenho soja (105%), carnes (30%) e cereais (32%), que resultaram em um aumento de US$ 256 milhões nas exportações. Fumo (-30%) e produtos florestais (-16%) impactaram de forma negativa, impedindo um resultado ainda melhor.
A China se mantém como principal mercado do agronegócio gaúcho, respondendo por 21% de todas as exportações. Essa participação deverá aumentar nos próximos meses com o início da comercialização da safra de soja, pois o país é o principal destino da oleaginosa gaúcha. Na sequência, vem a Coréia do Sul (5,45%) e Estados Unidos com (5,08%). O saldo da Balança Comercial do Rio Grande do Sul foi de US$ 200 milhões, já o do agronegócio fechou em US$ 439 milhões.
Fonte: Farsul