Segundo os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em janeiro, até a segunda semana, o país exportara em média, 268,78 mil toneladas por dia.
Este volume foi 33,9% maior que a média diária registrada em dezembro último e cresceu 95,7% na comparação com janeiro do ano passado.
Se este ritmo continuar, o país exportará 5,91 milhões de toneladas de milho no acumulado de janeiro. No entanto, a expectativa é de que os embarques diminuam gradualmente nas últimas semanas de janeiro em diante, conforme avançam as exportações de soja (carro-chefe).
Com isso, estimamos um volume próximo de 4,73 milhões de toneladas embarcadas em janeiro, o que seria o maior volume nos últimos anos para o mês. Veja a figura 1.
Expectativa
Por ora, o bom ritmo das exportações, e as revisões para baixo na produtividade da safra de verão 2018/2019, em função da falta de chuvas em importantes regiões produtoras, colaboram com o cenário de preços firmes para o milho no mercado interno.
Pontualmente, temos verificado ofertas do lado vendedor a preços menores, principalmente nas regiões que produzem milho de primeira safra ou milho de verão, por exemplo, nas regiões Sudeste e Centro Sul.
Outro ponto de atenção é o recuo de preço da soja no mercado brasileiro (câmbio, colheita na América do Sul e incertezas do lado da demanda) que poderá aumentar o interesse do vendedor em negociar o milho nos próximos meses e, com isso, limitar as altas de preços ou até mesmo pressionar para baixo as cotações do cereal no país.
Com relação às exportações nacionais, para 2019 a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima 31 milhões de toneladas embarcadas, frente as 23,50 milhões no ano passado.
Os embarques deverão ser retomados na segunda metade do ano, após a colheita da segunda safra e maior disponibilidade interna.
Neste caso, a maior oferta prevista na temporada 2018/2019 e preços mais competitivos do milho brasileiro no mercado internacional deverão favorecer os embarques, especialmente no segundo semestre.
Fonte: Scot Consultoria