Na edição de novembro, a revista Hortifruti Brasil analisou os impactos da pandemia sobre as exportações de oito frutas: banana, limões e limas, maçã, mamão, manga, melancia, melão e uva – as quais, somadas, correspondem a 75% dos envios brasileiros na parcial de 2020 (janeiro a setembro).
Dentre os produtos que têm registrado demanda crescente nos últimos anos, sobretudo na Europa, os limões e limas são exemplos. Em 2020, especificamente, a procura se desaqueceu um pouco, devido ao fechamento de bares e restaurantes. Porém, fatores relacionados à imunidade podem ter favorecido os embarques, assim como a redução dos volumes exportados por parte dos principais concorrentes do Brasil. A produção nacional elevada no primeiro quadrimestre contribuiu para os envios, mas não impediu queda nos preços domésticos naquele período. Com o dólar atrativo, mesmo em períodos de baixa oferta (especialmente de julho em diante), produtores brasileiros priorizaram a venda ao mercado externo.
Apesar de alguns meses com restrições de qualidade (em decorrência da falta de chuva e de altas temperaturas no estado de São Paulo), ainda foi possível ganhar espaço no mercado externo neste ano. A safra 2019/20 do México (encerrada em setembro), principal concorrente, foi 8% menor, segundo o USDA, por conta de clima seco, contexto que limitou os envios do país. Como o mercado norte-americano é prioridade dos mexicanos, atender ao crescimento europeu ficou a cargo do Brasil.
Fonte: Cepea/Hortifrut