As exportações do complexo carnes, pelo Porto de Paranaguá, aumentaram 17,58% ao longo de 2019. Durante todo o ano passado, foram mais de 2 milhões de toneladas, ante 1,7 milhão de toneladas embarcadas em 2018. Com as medidas do Ministério da Agricultura que reforçam o reconhecimento do Paraná como área livre de peste suína clássica e que abrem caminho para o status de área livre de febre aftosa sem vacinação, o setor produtivo espera movimentar ainda mais a partir deste ano.
Em volume, o maior destaque foi o frango. Foram exportadas 1,6 milhão de toneladas, o que corresponde a um aumento de 12,5% em relação ao total embarcado em 2018. O volume representa 42% do total de carne de frango exportada pelo Brasil. Entre os principais destino do produto paranaense estão China, Japão, Emirados Árabes, Arábia Saudita e Hong Kong.
Em termos porcentuais, as exportações de carne bovina foram as que mais aumentaram, chegando ao índice de 64,5%. Isso corresponde a quase 226 mil toneladas, embarcadas em 2019. Já os embarques de carne suína totalizaram 100 mil toneladas em 2019, o que representa um aumento de 23,2%.
Em entrevista à Agência Estadual de Notícias – órgão oficial de comunicação do governo do Paraná -, o presidente da Comissão de Bovinocultura de Corte da Federação de Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, destacou a competitividade da pecuária paranaense e o potencial para ampliar a oferta em nível internacional.
“O Paraná é um dos estados com mais potencial. O Estado é, hoje, o maior produtor de carnes do país, somando todas as carnes não apenas a bovina. Isso se deve ao potencial agropecuário do Estado: grande oferta de alimentos, pela produção agrícola que tem; e infraestrutura logística que também se destaca – ainda que possa melhorar -, principalmente por estar tão perto do Porto de Paranaguá”, afirma.
Sobre a carne bovina do Paraná, Botelho diz que, no mercado nacional, já se destaca pela qualidade e rastreabilidade. “É uma carne muito diferenciada, no sabor e na maciez, que tem atingido um mercado bastante exigente e mais gourmet. Esse também pode ser um nicho de mercado internacional”.
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Fonte: Sistema FAEP