O Brasil experimentou uma forte retomada das exportações de produtos de madeira em 2015, tanto que alcançou os mesmos níveis verificados em 2007, ano em que culminou a crise do subprime nos EUA. Desde então, os volumes haviam caído drasticamente.
Em 2015, as exportações de madeira serrada de pinus atingiram 1,3 milhões de m³, volume 31% maior que o verificado no ano anterior. Já no caso do compensado de pinus, o volume exportado quase superou de 1,5 milhões de m3, ou seja, 14% a mais que em 2014. Mesmo produtos de madeira como aglomerado, MDF e OSB, tradicionalmente pouco competitivo em nível internacional, os volumes exportados também aumentaram significativamente.
Segundo Marco Tuoto, CEO da Tree Trading, um conjunto de fatores contribuíram para esta performance, sobretudo o desaquecimento da economia brasileira, aliado a desvalorização do Real frente ao Dólar Americano e a retomada no crescimento da indústria de construção civil nos Estados Unidos.
Isoladamente, os Estados Unidos foram os principais responsáveis, em 2015, pelas exportações brasileiras de madeira serrada de pinus, respondendo por 36% do volume total, seguido pelo México, China, Arábia Saudita e Emirados Árabes. O valor total exportado contribui com pouco mais de US$ 289 milhões para balança comercial brasileira.
Já o compensado de pinus tem como principal destino a Europa, a qual responde por quase de 2/3 das negociações. Por sua vez, somente os EUA contribuíram com 17% do volume exportado pelo Brasil. Em 2015, as exportações brasileiras de compensado de pinus contribuíram com algo em torno de US$ 434 milhões para a nossa balança comercial.
Embora os volumes de produtos de madeira sejam crescentes e novos incrementos sejam projetados para 2017, Tuoto analisa que a competitividade brasileira tem sido fortemente afetada pela inflação verificada no país no último ano e pelo custo Brasil. Se não fossem esses fatores, o Brasil poderia ampliar ainda mais sua participação no comércio internacional de produtos de madeira.
Para 2016, a Tree Trading prevê uma ampliação de 35% na receita de suas vendas externas. “A madeira serrada e o compensado, ambos de pinus, serão os principais produtos comercializados. A demanda forte dos Estados Unidos, juntamente com os contratos firmados recentemente pela empresa no Ásia e Oriente Médio devem garantir o crescimento da empresa no corrente ano”, finaliza Tuoto.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Canal do Produtor