O avanço econômico de países árabes, as projeções de crescimento da África e o aumento da demanda da China têm chamado a atenção do Brasil para uma atividade em franca expansão, apesar de ainda pouco explorada: a exportação de gado vivo. O assunto esteve na pauta da reunião da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da FAEP, no dia 16 de abril. Na ocasião, o presidente da Associação Brasileira de Exportadores de Animais Vivos (Abreav), Ricardo Pereira Barbosa, apontou uma perspectiva de aumento de 25% na comercialização de gado vivo entre diversos países nos próximos anos.
Com isso, o mercado internacional de bovinos vivos, que fechou 2018 com 4,8 milhões de cabeças embarcadas, deve ultrapassar a casa das 6,5 milhões exportadas em 2020. “Dos 20 países que mais crescem no mundo, 12 são predominantemente muçulmanos. A África tem projeções de crescimento e a pecuária é uma das bases. A China tem sete frigoríficos em construção. É um cenário muito positivo. A demanda vai aumentar significativamente nos próximos dois anos”, avalia Barbosa.
De certa forma, por questões religiosas, essas nações optam por importar gado vivo, ao invés de comprar carcaças já abatidas. “Os países muçulmanos preferem comprar os animais e abatê-los lá, do jeito que eles quiserem, de acordo com os preceitos religiosos deles”, apontou. Mas em outros países, os motivos são variados, como falta de infraestrutura de armazenamento refrigerado, menores custos de processamento e a possibilidade de aproveitamento de todas as partes dos animais – não só a carne.
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Fonte: Sistema FAEP