A exportação de carne bovina bateu recordes seguidos em 2018. Os bons desempenhos em função principalmente do câmbio ao longo do segundo semestre fizeram com que as exportações de carne bovina in natura tivessem o melhor desempenho da história.
Os dados da última quinzena de dezembro ainda não foram divulgados, mas se o ritmo dos embarques continuarem é possível que o Brasil termine 2018 com 1,35 milhão de toneladas de carne bovina in natura vendidas para o exterior (MDIC).
Esta quantidade é 11,8% maior que volume embarcado em 2017 e 5,2% maior que o recorde anterior de 2007, quando foram comercializadas 1,28 milhão de toneladas.
Quanto ao faturamento, de janeiro a novembro de 2018, as vendas resultaram em uma receita de US$5,1 bilhões (MDIC), valores 10,6% superiores aos ganhos em 2017.
A China se mantém como grande responsável pelo bom desempenho da carne bovina brasileira no mercado externo. Do total vendido no acumulado de 2018 (janeiro a novembro), os chineses absorveram 24,0% do volume, seguido de Hong Kong (20,8%), Egito (12,9%), Chile (8,4%) e Irã (6,4%).
Esses cinco importadores abocanham uma fatia de 72,5% do total embarcado, sinal de alerta quanto à concentração de clientes.
Aqui mostra-se a importância de sempre buscar ampliar o acesso a outros mercados para fugir do risco que envolve a dependência de poucas economias, principalmente em um cenário internacional onde as guerras comerciais estão debaixo dos holofotes (Estados Unidos versus China).
Inclusive, após uma maratona de visitas diplomáticas e auditorias, o Brasil voltou a ter acesso ao mercado russo, que estava embargado desde o final de 2017.
A importância desta notícia se deve ao fato de que de 2004 a 2017, ou seja, ao longo de catorze anos, a Rússia ficou dentre os cinco maiores importadores da carne bovina brasileira, figurando por onze vezes como o maior país importador da carne bovina brasileira, ou seja, o potencial deste “novo” destino é grande.
Fonte: Scot Consultoria