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EXPORTAÇÃO DE CAFÉ BRASILEIRO

O Porto de Santos exportou, de janeiro até o mês passado, 18,6 milhões de sacas de 60 quilos de café. O volume é equivalente a 85,3% dos embarques do produto em todos os portos do País, um dos maiores percentuais registrado na história recente do complexo. No entanto, neste ano, houve uma queda de 9% nos carregamentos da commodity em comparação com o mesmo período do ano passado.

Os dados fazem parte do relatório mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), divulgado nesta semana. A entidade constatou que, entre janeiro e setembro, o Brasil exportou mais de 21,9 milhões de sacas de café, o que representa um recuo de 10,2% na comparação com os primeiros nove meses de 2016.

Em contrapartida, no ano, a receita cambial teve um leve aumento de 1,1%, atingindo US$ 3,7 bilhões. No mês passado, 2,2 milhões de sacas foram exportadas, gerando US$ 381,4 milhões em vendas e um preço médio de US$ 165,89 por unidade.

Segundo o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, setembro trouxe um cenário “bastante inesperado”, após a recuperação percebida em agosto. Isto porque na comparação com o mês anterior, a retração foi de 12%. No paralelo com o mesmo período do ano passado, a queda foi de 25%.

- Atribuímos dois fatores para esse movimento: um reflexo da menor safra e a resistência dos produtores em vender o café. Com esse resultado, é muito instável prever qualquer movimento daqui pra frente, afinal, setembro sempre foi considerado um mês forte, com bons resultados – destacou o executivo.

Além do Porto de Santos, líder absoluto nas exportações de café, outros 19 complexos portuários escoaram a commodity. Entre janeiro e setembro, 61.391 TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) deixaram os portos brasileiros carregados com o grão. No mesmo período do ano passado, o volume foi de 68.597 TEU.

Os portos do Rio de Janeiro aparecem na sequência de Santos, com 10,4% dos embarques – 2,2 milhões de sacas, entre janeiro e setembro. Já Paranaguá (PR) foi responsável pelo escoamento de 352,208 sacas 1,6% do total exportado.

Entre as variedades embarcadas, o café arábica foi responsável por 87,5% dos volumes exportados, 19,1 milhões de sacas, seguido pelo solúvel com 11,5%, 2,5 milhões de sacas, e o robusta com 0,9%, o equivalente a 190.783 sacas. Os cafés diferenciados atingiram 3,3 milhões de unidades de 60 quilos entre janeiro e setembro.

Principais destinos

No acumulado do ano, os Estados Unidos continuam na liderança do consumo do café brasileiro, com 4,3 milhões de sacas importadas, representando 19,7% de participação total. Depois, vem a Alemanha com 3,8 milhões de sacas, o equivalente a 17,4%.

Na lista ainda figuram a Itália, que importou 2 milhões de sacas do café brasileiro, 9,2% do total, seguida pelo Japão, com 1,5 milhão de sacas, 7,1%, e pela Bélgica, com 1,2 milhão de sacas, 5,8%.

No período, há o destaque ainda para o crescimento de 30,2% nos embarques do Brasil para a Turquia, que adquiriu 698.827 sacas, e de 7,7% para a Rússia, responsável pela compra de 730.674 sacas.

Fonte: A Tribuna



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