As exportações brasileiras de café aos países árabes recuaram 18% em volume e 20,4% em receita de janeiro a novembro deste ano sobre o mesmo período de 2015, segundo números divulgados nesta quarta-feira (7) pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Os dados mostram que os embarques para a região somaram 1,1 milhões de sacas de 60 quilos no acumulado dos onze primeiros meses de 2016, com faturamento de US$ 160,7 milhões.
Apesar da queda, a participação do mercado árabe como destino do café brasileiro no exterior não mudou muito, já que houve recuo nas vendas internacionais do setor em geral.
De janeiro a novembro deste ano, os árabes compraram 3,4% de todo o café que o segmento exportou, em quantidade, e responderam por 3,34% da receita. Nos mesmos meses do ano passado, eles participaram com 4% do volume e 3,5% do faturamento gerado.
Neste ano, quase todos os países árabes – 19 – compararam café do Brasil: Líbano, Síria, Arábia Saudita, Jordânia, Tunísia, Emirados, Egito, Argélia, Djibuti, Líbia, Sudão, Kuwait, Catar, Marrocos, Omã, Bahrein, Iraque, Ilhas Comores e Iêmen.
Os maiores compradores foram os libaneses, com US$ 48,5 milhões em gastos, um pouco mais de um terço do total que o Brasil exportou para o mercado árabe. Em segundo lugar, o país árabe que mais comprou café brasileiro foi a Síria, com US$ 27,6 milhões, e em terceiro lugar foi a Arábia Saudita, com US$ 18,7 milhões.
Como um todo, as exportações brasileiras de café recuaram 9% em volume nos nove primeiros meses do ano, com 30,7 milhões de sacas, e 15% em receita, com US$ 4,8 bilhões. O preço médio da saca de 60 quilos comercializada recuou 6,8% para US$ 156,29.
Em novembro individualmente, o Cecafé informa que o Brasil exportou 3 milhões de sacas e que houve queda de 12,2% sobre igual mês de 2015. Mas a receita cambial somou US$ 547,3 milhões e cresceu 5,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. O Cecafé destaca o aumento de preços dos cafés do tipo conillon e arábica.
Fonte: Agência de Notícias Brasil-Árabe