Após um período amargo na participação do mercado externo de açúcar, o Brasil voltou a sentir o sabor desse setor.
O país fechou os dez primeiros meses do ano com exportações recordes de 23,75 milhões de toneladas, 26% mais do que os 18,8 milhões de igual período de 2015.
O novo cenário melhora o caixa tanto das usinas como dos produtores de cana-de-açúcar.
A indústria viu encurtar as receitas e teve um crescimento do endividamento nesses últimos anos de crise do setor. Já os produtores de cana experimentaram custos elevados em um período de preços baixos para a matéria-prima.
O superavit da produção mundial do açúcar, em relação ao consumo, e a baixa nos preços externos fizeram as empresas desviarem a produção interna mais para o etanol do que para o açúcar nos anos recentes.
O novo ciclo de deficit mundial de açúcar, com o consumo superando a produção, faz com que as usinas invertam suas posições. Viraram a torneira e passaram a produzir mais açúcar do que etanol.
Preços melhores no mercado externo e aumento das exportações brasileiras trouxeram mais receitas para o setor.
Fonte: Folha de S.Paulo