Em semana de Expofrísia – a feira de genética da cooperativa Batavo que começa amanhã e segue até sexta-feira (29) em Carambeí, nos Campos Gerais –, o mercado do leite entra em debate. O setor mostra preocupação com a oferta maior que o consumo. O problema tende a ser mascarado pela entressafra, que provoca elevação sazonal nas cotações, mas ameaça ressurgir no segundo semestre.
A margem bruta do produtor (receita menos custos diretos) caiu um terço no último ano, conforme estudos que abrangem os principais estados produtores, em boa medida pelo aumento nos custos de energia elétrica e mão de obra. O pecuarista que gastava 78 centavos para produzir um litro de leite no Paraná e recebia 84 centavos da indústria em maio do ano passado deve receber 80 centavos neste mês, conforme projeção do Conseleite.
O setor terá de reduzir custos para atravessar o período de consumo restrito no mercado interno. Até porque, neste momento, não será fácil ampliar as exportações. O preço do leite em pó caiu de US$ 5 mil/tonelada em 2014 para US$ 2,6 mil em março de 2015, aponta a analista da Federação da Agricultura do Paraná (Faep) Maria Silvia Digiovani.
3 anos de preços médios acima de R$ 1 por litro leite (para o produtor) foram registrados no Brasil.
Neste ano, depois de cair a 80 centavos, o alimento volta a se aproximar de 90 centavos/litro, devido à entressafra.
Fonte: Gazeta do Povo