Incertezas em relação à safra nova de arroz reforçam a expectativa de alta nos preços do produto nas próximas semanas, mesmo com a proximidade do início da colheita. Foi o que informou, nesta quarta-feira (27/1), o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Em nota, os pesquisadores da instituição informam que os produtores mantêm as atenções à situação das lavouras, indo pouco ao mercado. Os negócios, de um modo geral, ficam restritos soa orizicultores que ainda têm necessidade de fazer caixa.
- Com esse cenário e diante da baixa oferta de arroz em casca no Rio Grande do Sul, indústrias pagaram valores mais altos pelo produto depositado e também pelo “livre” (armazenado nas propriedades rurais) para repor seus estoques – informa o Cepea.
De 19 a 26 de janeiro, o indicador de referência para a cultura, com base no estado do Rio Grande do Sul, principal produtor nacional, teve alta de 1%, fechando a R$ 41,93 a saca de 50 quilos na terça-feira (26/1).
De acordo com técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), a safra gaúcha de arroz está com o desenvolvimento mais lento em relação ao ano passado e considera a possibilidade de atraso na colheita do produto. Até a última quinta-feira (21/1), apenas 5% das lavouras estavam em fase enchimento de grãos. A média dos últimos cinco anos é de 35%.
O manejo da cultura foi dificultado pelo excesso de chuvas e alterações bruscas de temperatura. Apesar disso, os técnicos consieram que a maior parte das áreas se encontra em recuperação e devem produtividade considerada pelo menos satisfatória.
Fonte: Revista Globo Rural