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EXPANSÃO DE MERCADO DA CELULOSE

Até 2020 o setor de papel e celulose deverá investir perto de R$ 53 bilhões no país, com o objetivo de aumentar as áreas de florestas plantadas, ampliar a capacidade de produção de madeira das fábricas já existentes e na construção de novas unidades industriais. Este foi o diagnóstico apresentado ao presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, pelo Diretor Executivo da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), Marcílio Caron, durante encontro realizado na noite desta terça-feira (07.07), em Brasília.

João Martins destacou a importância do segmento para a economia brasileira, lembrando que novos polos para a produção de madeira e móveis estão surgindo em várias regiões, como, por exemplo, o Oeste da Bahia. O executivo da IBÁ aproveitou a oportunidade para entregar, ao presidente da CNA, o Relatório de Atividades, contendo o desempenho do segmento em 2014.

O documento informa sobre a existência de 7,2 milhões de hectares de árvores plantadas no país, num universo de 70 empresas, gerando receita superior a R$ 60 bilhões, o equivalente a 6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, além de exportações próximas a US$ 8 bilhões de dólares, no ano passado, 3% de todas as vendas externas brasileiras.

Setor em crescimento – Criada em abril do ano passado, depois de dois anos e meio de negociações, a IBÁ representa uma atividade econômica em franco desenvolvimento no Brasil, incluindo setores como painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel e florestas plantadas. Todo esse complexo gerou 630 mil empregos, dados de 2013, um crescimento de 1,6% em comparação com o cenário existente em 2012.

O Brasil é o quarto maior produtor mundial de celulose e o nono maior produtor de papel,

- Com os números indicando tendência de crescimento, a partir do uso intensivo de tecnologia na produção de eucaliptos, o que significa a instalação, a cada dois anos, de uma nova fábrica de celulose no país – salientou o diretor da IBÁ ao presidente João Martins.

Caron afirmou que as empresas do setor querem fortalecer a parceria com o produtor rural, de forma a descentralizar a atividade e reduzir a concentração de terras em poder das grandes corporações. Para isso, salientou, o processo em andamento prevê a transferência de tecnologia e técnicas modernas de plantio ao pequeno e médio produtor.  Segundo o dirigente da IBÁ, o Brasil detém as mais modernas tecnologias para as florestas plantadas em todo o mundo, com destaque para o plantio e o manejo do eucalipto.

Um dos problemas a serem resolvidos, ainda segundo Caron, diz respeito à necessidade de se institucionalizar a Política Nacional de Florestas Plantadas (CNPF), proposta em discussão entre o setor privado e o poder público, com a participação estratégica da CNA. Nesse contexto, explicou, deverão ser definidas novas políticas para o setor capazes de fortalecer as pesquisas, disseminar a assistência técnica e fortalecer a extensão rural.

Ao ser indagado por João Martins sobre como é a participação brasileira nas exportações de madeira beneficiada, um ramo nobre do setor, o diretor executivo mostrou que, nesse particular, o país ainda tem um longo caminho a percorrer. A madeira beneficiada representa apenas 3% do total das exportações, em razão dos gargalos existente na logística – especialmente custos elevados -, cuja modernização ainda levará algum tempo.

- Nesse campo, completou Caron, certamente ainda enfrentamos sérias dificuldades – avaliou.

Participaram também do encontro, realizado no gabinete do presidente da CNA: o Superintendente Técnico da CNA, Bruno Lucchi; o Secretário Executivo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Daniel Carrara; o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço Silva Júnior; e Natália Fernandes, Coordenadora de Produção Agrícola da SUT.

Fonte: CNA



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