A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, na sigla em inglês) propôs nesta quarta-feira, 18, elevar o volume de etanol que refinarias do país devem misturar à gasolina em 2017. A proposta da EPA é de 18,8 bilhões de galões (71,16 bilhões de litros) de etanol de milho e outros biocombustíveis, o que representa um aumento de quase 700 milhões de galões (2,65 bilhões de litros) em relação à exigência para 2016. O volume, no entanto, ainda é bem inferior ao acertado em 2007 no Padrão de Combustíveis Renováveis (RFS), de 24 bilhões de galões (90,8 bilhões de litros). Uma disposição na lei de 2007 permite que a EPA estabeleça montantes menores por uma série de motivos. Neste caso, a agência cita o lento desenvolvimento de certos tipos de biocombustíveis não derivados de milho. Nos EUA, o etanol é feito principalmente com o grão. A meta final para 2017 deve ser publicada pela EPA no fim deste ano, após um período de consulta pública. Chet Thompson, presidente da Associação Americana do Setor de Combustíveis e Petroquímica, que representa refinarias, disse que "os volumes propostos vão além das realidades do mercado". Segundo Thompson, a proposta da EPA ameaça obrigar consumidores a usar um volume de biocombustíveis que veículos, motores e a infraestrutura não podem suportar. Autoridades da EPA, por sua vez, disseram que estavam buscando um equilíbrio entre o objetivo do Congresso de promover um uso maior de etanol e a realidade atual do mercado de combustíveis e da infraestrutura. Tanto o grupo de Chet Thompson quanto o Instituto Americano do Petróleo, que representa a indústria de petróleo e gás natural, querem que o Congresso revogue ou reforme o RFS, embora isso seja improvável neste ano de eleições. Emily Skor, CEO da Growth Energy, um grupo pró-etanol, disse estar animada com o aumento do volume em relação a anos anteriores, mas acrescentou que a proposta ainda está abaixo do que foi estabelecido em 2007 e do que a indústria pode fazer. Já Bob Dinneen, presidente e CEO da Associação de Combustíveis Renováveis, foi mais crítico, dizendo que a EPA continua atendendo aos interesses da indústria de petróleo, baseando-se em uma interpretação ilegal de sua autoridade para estabelecer volumes menores.
Fonte: Estadao Conteudo
Fonte: Canal do Produtor