Os Estados Unidos decidiram manter o veto à importação de carne bovina in natura do Brasil. Segundo confirmou nesta segunda-feira (4) o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), o governo brasileiro foi informado na quinta-feira (31) da semana passada.
Ainda segundo a pasta, a ministra Tereza Cristina “ficou desapontada” com a decisão, mas “acredita no excelente relacionamento do Brasil com os Estados Unidos para resolver a questão”.
O relatório que informou a manutenção do veto foi feito após missão veterinária dos norte-americanos ao Brasil em junho deste ano. A missão inspecionou frigoríficos de bovinos e suínos. O documento apontou a necessidade de uma nova vistoria em frigoríficos brasileiros.
Uma fonte do governo avaliou que não há justificativa para uma nova missão e que o relatório não traz nenhuma alegação concreta para uma nova vistoria.
A avaliação de quem teve acesso ao documento, segundo informou essa fonte, é de que a decisão é protelatória, com o objetivo de adiar ainda mais a abertura do mercado.
Em junho de 2017 os americanos suspenderam as compras de cortes bovinos do Brasil, devido às reações (abcessos) provocadas no rebanho pela vacina contra a febre aftosa. A autorização para venda de carne in natura para os Estados Unidos havia sido obtida em 2015 após 15 anos se limitando a vender apenas carne cozida.
A reabertura do mercado para carne bovina in natura foi um dos temas tratados durante a viagem do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, em setembro.
Segundo o Ministério da Agricultura, a manutenção do embargo será tratada na viagem da ministra aos Estados Unidos. A viagem, que já estava agendada, ocorrerá entre os dias 17 e 23 de novembro.
Fonte: G1