A renda dos produtores rurais deve fechar este ano com crescimento de 0,2% (mais R$ 963 milhões) e atingir R$ 487,28 bilhões. Os cálculos são da Assessoria de Gestão Estratégica (AGE) do Ministério da Agricultura, levando em conta as estimativas de produção e os preços praticados em outubro.
A previsão é de aumento de R$ 4,03 bilhões milhões (2,4%) no valor bruto da produção do setor de proteínas animais, estimado em R$ 175,5 bilhões. No caso lavouras temporárias e culturas permanentes a projeção é de perda de renda da ordem de R$ 3,06 bilhões (menos 1%), para R$ 311,8 bilhões.
No estudo divulgado hoje, o Ministério da Agricultura apresenta a primeira projeção de renda no campo para 2016. A previsão é de aumento de 0,2% no faturamento, para R$ 488 bilhões, sustentado pelas proteínas animais, que devem crescer 1,3% para R$ 177,74 bilhões. No caso do setor agrícola a perspectiva é de queda pelo terceiro ano consecutivo, desta vez a retração prevista é de 0,5% para R$ 310,34 bilhões.
Em relação às previsões para este ano os destaques são a soja e a pecuária bovina. No caso da oleaginosa, mesmo com a renda deve crescer R$ 5,845 bilhões (mais 5,7%) para R$ 102,22 bilhões, sustentada aumento da renda em reais, graças à valorização do dólar, e colheita de uma safra recorde. A expectativa para o próximo ano é de aumento de 11,8% no faturamento da soja, para R$ 114,28 bilhões. A participação da soja no VBP total cresce de 21% para 23%.
Para a pecuária de corte, a estimativa é de aumento de 7,5% na renda neste ano (para R$ 74,5 bilhões), impulsionada pela alta de preços do boi gordo e os outros segmentos da cadeia. Já para o próximo ano o Ministério da Agricultura prevê retração de 2,% na renda do setor, para R$ 72,59 bilhões.
A previsão para a avicultura de corte é de aumento de 1,3% na renda nesse ano, para R$ 47,59%. As perspectivas são mais otimistas para 2015, pois a projeção é de crescimento de 12,3% no faturamento do setor, que deve atingir R$ 53,46 bilhões.
No caso da suinocultura a renda cresce 2,9% neste ano, para R$ 13,95 bilhões, enquanto para o próximo ano é esperada uma retração de 2,6% para R$ 13,59 bilhões. Na pecuária leiteira a expectativa é de retração de 7,6% neste ano, para R$ 27,82 bilhões e queda de 3% em 2016 para R$ 26,99 bilhões. No ano passado a renda do setor leiteiro foi estimada em R$ 30,1 bilhões.
Na cana-de-açúcar, segundo produto agrícola mais importante em termos de renda, as expectativas do Ministério da Agricultura ainda são pessimistas, apesar da recente recuperação dos preços do etanol e do açúcar. A projeção para este ano é queda de 9,5% na renda da cana, para R$ 46,82 bilhões e de retração de 5,6% em 2016, para R$ 44,18 bilhões. Em terceiro lugar se destaca o milho, com perspectiva de aumento de 4,9% neste ano (para R$ 40,52 bilhões) e de queda de 5,2% em 2016, para R$ 38,41 bilhões. No caso do café, o setor deve fechar este com queda de 1,6% na receita (para R$ 19,68 bilhões), mas no próximo ano deve crescer 4,2% para R$ 19,68 bilhões.
Fonte: Globo Rural