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ESCÂNDALO EM DELAÇÕES

O conselho de administração da JBS terá na sexta-feira a primeira reunião após o escândalo criado pelas delações de seus controladores na semana passada e em meio a críticas de acionistas para que os irmãos Batista se afastem da empresa.

Além do impacto à imagem da maior empresa de carne bovina do mundo, desde a divulgação do conteúdo das delações de Joesley e Wesley Batista ao Ministério Público Federal (MPF) na semana passada, as ações da JBS acumulam queda de 13,6 por cento.

- Há um desgaste grande e o mais aconselhável é que eles se afastem e isso pode ser definido nesta sexta-feira – disse uma fonte próxima da discussão. – A saída dos dois mais rápida é muito importante. -

Joesley é presidente do conselho de administração e Wesley ocupa a vice-presidência do colegiado e a presidência-executiva da JBS.

Na terça-feira, Joesley renunciou de seu posto no conselho de administração da fabricante de calçados Alpargatas, uma das empresas controladas pela holding de sua família, a J&F Investimentos.

Além da saída dos executivos da gestão da JBS, acionistas minoritários pressionam para que os irmãos assumam eventuais passivos com a Procuradoria-Geral da República (PGR), disse a fonte.

- Todos os acionistas estão perdendo… Acho que os minoritários não podem pagar uma conta que não é deles – afirmou a fonte. – Eles (Joesley e Wesley Batista) não podem querer repartir a conta entre os acionistas – acrescentou.

Procurado, o BNDES, um dos principais acionistas minoritários, afirmou que está avaliando as medidas cabíveis em relação aos controladores da JBS. Já a companhia informou que não comentará o assunto.

Fonte: Reuters



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