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ENERGIA DA BIOMASSA

Em agosto de 2015, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), 3.207GWh de energia produzida a partir da palha e do bagaço da cana–de-açúcar abasteceram o Sistema Interligado Nacional (SIN).

Apresentando um expressivo crescimento de 9,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, este foi o maior volume energético mensal ofertado pela biomassa, representando, no período, 24% da geração térmica no País –  30% do total de eletricidade consumida pelas residências ou 8% do consumido em todo o País.

O gerente em Bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Zilmar José de Souza, explica que esta marca histórica alcançada pela bioeletricidade da cana está intimamente atrelada a investimentos realizados no setor em meados da década passada, quando o cenário econômico era atrativo.

- Esses números são bons porque a biomassa, nos últimos cinco anos, instalou mais de 6 mil MW novos na rede elétrica, o que corresponde a mais da metade de uma Belo Monte. Isto foi resultado de decisões de investimentos tomadas quando havia um cenário institucional mais favorável à expansão de projetos sucroenergéticos como um todo – observa o executivo.

De acordo com a CCEE, de janeiro a agosto de 2015, o bagaço e a palha da cana produziram 13.740 GWh para o SIN, um aumento de 14% em comparação ao mesmo período do ano passado. Apesar deste crescimento, Souza alerta que a falta de uma política pública específica para a bioeletricidade já está comprometendo a expansão do segmento canavieiro na matriz elétrica.

- O cenário agora é diferente. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), até 2019, a previsão é de que a biomassa instale somente 2.770 MW no SIN, menos da metade do que foi instalado entre 2010 e 2014. Sem medidas adequadas para a bioeletricidade sucroenergética, o seu potencial seguirá subaproveitado – conclui o consultor da Unica.

Fonte: UNICA – União da Indústria de Cana-de-açúcar



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