Mais de 70 representantes de instituições como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Centro Internacional para Agricultura Tropical (CIAT), a Fundação Semilla Nueva, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), o Instituto Internacional de Pesquisa sobre Políticas de Alimentação (IFPRI, em inglês), o Instituto de Ciências e Tecnologias Agrícolas (ICTA), dentre outras mais, se encontraram nos dias 3 e 4 de abril na cidade de San José, na Costa Rica, para a II Reunião Anual do Programa de Pesquisa HarvestPlus na América Latina e Caribe (LAC, em inglês). O objetivo foi compartilhar entre os responsáveis por atuarem na região, as experiências, problemas, soluções e resultados envolvendo as cultivares biofortificadas no decorrer do ano de 2015 e discutir as atividades e os planos para os próximos anos.
Nos dois dias de reunião, os colaboradores de onze países puderam apresentar suas estratégias utilizadas com as variedades melhoradas através de mesas de discussão, exposição de pôsteres, trabalhos em grupo e painéis sobre os avanços no melhoramento, transferência de tecnologia e temas transversais como impacto, comunicação, nutrição e pós-colheita. Os países que participaram da discussão foram: Brasil, Colômbia, Bolívia, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, e Estados Unidos da América.
Foto: Tarcila Viana
Marília Nutti, pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos e coordenadora do HarvestPlus LAC, conta que a biofortificação se faz eficaz na América Latina e no Caribe devido a existência de populações que sofrem com a deficiência nutricional, principalmente em minerais e pró-vitamina A, e que a proposta do HarvestPlus de ter a agricultura apoiando a saúde tem ganhado cada vez mais força e aceitação. Com isso, para maior difusão e fortalecimento da proposta, as reuniões anuais têm se provado de grande importância devido a troca de informações para o melhor desenvolvimento da biofortificação.
- Podemos perceber, com essa segunda reunião, o amadurecimento do time neste ano que passou. Estamos propondo a criação de plataformas que contenham as informações coletadas de todos os países participantes, de forma que possamos compartilhar ideias que deram certo em outros lugares e utilizá-las para o aprimoramento do trabalho em nossas regiões. Assim, ainda mais do que no passado, devemos coordenar, colaborar e trocar conhecimentos entre nossas muitas disciplinas e unidades organizacionais. Nenhuma parte do HarvestPlus pode ter sucesso de forma isolada. Todas as contribuições são importantes para atingirmos nossos objetivos. Conclui a também líder do programa de biofortificação brasileiro (Rede BioFORT), Marília Nutti.
Foto: Tarcila Viana
O HarvestPlus pretende fornecer caminhos para o foco geográfico e de nutrientes no longo prazo para atingir, até o ano de 2030, a marca de 1 bilhão de pessoas beneficiadas por cultivares biofortificados. A estratégia atualizada reforça a popularização e os esforços de capacitação globais, além de dar continuação as pesquisas, desenvolvimento de cultivares e distribuição.
Após o evento, alguns dos presentes continuaram na cidade para a participação do HarvestPlus no LXI Programa Cooperativo Centroamericano el Melhoramento de Cultivos y Animales (PCCMCA), fórum que durou de 05 a 08 de abril. A biofortificação foi discutida em 24 painéis ministrados por representandes do HarvestPlus LAC e também pôde ser encontrada na exposição de pôsteres e stands do evento.
Fonte: Rede BioFORT
Fonte: Canal do Produtor