O aumento dos embarques no segundo semestre de 2017 (incremento de 3,5% em relação ao mesmo semestre de 2016) não foi suficiente para reverter a forte queda registrada no primeiro semestre (redução de 6,6% sobre o mesmo período do ano anterior). Com isso, as exportações brasileiras de carne de frango do ano que passou ficaram aquém do recorde de (quase) 4,309 milhões de toneladas de 2016: recuaram 1,73%, somando pouco mais de 4,234 milhões de toneladas.
Prenunciado, o retrocesso foi maior que o inicialmente previsto. Culpa, sobretudo, do fraco resultado observado no último mês do ano, ocasião em que o volume embarcado – 313,7 mil toneladas – correspondeu ao menor resultado em 14 meses, recuando mais de 12% em relação a dezembro de 2016.
Tal resultado foi determinado por três dos quatro principais itens exportados: comparativamente a dezembro do ano anterior, o volume de frangos inteiros recuou perto de 27%; o de industrializados, 38%; e o de carne salgada, 42%. Ou seja: no mês, só os cortes registraram aumento de volume, mas em nível inferior a 1%.
Menos mal que, no balanço do ano, puxado pelos cortes, o preço médio desses quatro itens tenha aumentado cerca de 7,5%. O resultado foi uma receita cambial – cerca de US$7,139 bilhões – 5,5% maior que a de 2016. Mas isto, ressalve-se, pela moeda norte-americana. Pois, na conversão para o real, a receita das exportações recuou mais de 3% em 2017.
Fonte: Avisite