samuel vasconcelos

EMBALAGENS COMESTÍVEIS, É POSSÍVEL??

Produzir embalagens comestíveis de sabores e aromas cítricos ou picantes, como o maracujá e o pimentão. O esforço da pesquisa para reduzir as perdas de frutas e hortaliças no País – em torno de 40% – é um dos destaques da Embrapa Instrumentação (São Carlos, SP) na maior feira internacional de alimentos e bebidas, a ANUFOOD, em São Paulo.

Se antes a pesquisa usava apenas a polpa da fruta, nessa etapa de desenvolvimento, praticamente tudo é aproveitado, incluindo a casca. No evento, que será realizado de 12 a 14, no São Paulo Expo, serão apresentadas embalagens comestíveis de sabor morango, maracujá, mamão e pimentão, resultado de mais de uma década de pesquisas no Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio (LNNA).

“A proposta é o reaproveitamento de frutas e hortaliças, em formato de película, para servir como alimento e aumentar o tempo de vida desses produtos em até dois anos”, diz o chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Instrumentação, o engenheiro de materiais José Manoel Marconcini.

“A escala ainda é de laboratório, por isso, a participação na feira é uma excelente oportunidade de prospecção de parceiros interessados na produção em âmbito industrial”, diz a chefe adjunta de Transferência de Tecnologia, Débora Marcondes Bastos Pereira Milori.

Além da apresentação das películas comestíveis, o pesquisador Marcos David Ferreira, participará de uma roda de conversa sobre rastreabilidade de frutas, fundamental para o consumo de um alimento seguro.  O pesquisador vai responder questões relativas à produção sustentável, condições de transporte e como as frutas chegam ao consumidor.

A pesquisa para um sistema para monitoramento da qualidade e rastreamento de frutas e hortaliças, baseado em sensor colorimétrico e aplicativo para uso em celular está sendo desenvolvida em parceria com a empresa Siena Idea, desde 2017.

“Desta forma, aqueles envolvidos no setor hortifrúti, produtor – consumidor, podem receber informações e constatar a qualidade, aferida direta ou indiretamente, do produto comercializado, não ficando limitados a conhecer a origem do produto e/ou atender a legislação, mas também obter informações que possam influenciar na decisão do consumo, e principalmente consumir com mais segurança”, explica Marcos Ferreira.

A Embrapa Instrumentação ainda vai apresentar um vídeo sobre o CoffeClass, solução tecnológica desenvolvida para avaliar a qualidade do pó de café. As pesquisas mostram que a partir de técnicas de mineração de dados, aliadas à análise de imagens e inteligência artificial, é possível classificar e avaliar a qualidade do café.

Fonte: Embrapa



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