A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) defende que o governo eleve o limite de crédito disponibilizado para cada produtor no Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2016/2017. Segundo a federação, o limite atual, de R$ 1,2 milhão por CPF, é insuficiente e
- Permite apenas o custeio de menos da metade dos gastos operacionais da grande maioria dos produtores de Mato Grosso – afirmou.
A Famato cita cálculos do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) que indicam que o limite de crédito teria que ser, no mínimo, de R$ 2,4 milhões por produtor.
De acordo com levantamento do Imea, produtores de Mato Grosso utilizaram recursos federais para o custeio de 15% da safra 2015/2016, o equivalente a R$ 2,4 bilhões do total de R$ 16,16 bilhões investidos na safra atual 2015/2016.
Além do aumento do limite de crédito, a Famato vai defender, em discussão com outras entidades do setor, a manutenção do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns, a permanência de linhas de crédito específicas para a pecuária e a não obrigatoriedade do seguro rural.
Nesta terça-feira, ocorrerá uma reunião entre os representantes de produtores do Centro-Oeste, promovida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), para discutir as prioridades para o Plano Agrícola e Pecuário na região.
- Vemos a regionalização da reunião de forma positiva, já que o País é grande e cada região tem características próprias – afirmou a analista de Agricultura da Famato, Karine Machado, em nota.
Além das reuniões regionais, a Famato informou que vai enviar ao Ministério da Agricultura documento relatando as prioridades e propostas para Mato Grosso, com a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja) e a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).
- Todos os anos o Imea prepara estudos para subsidiar nossos pedidos ao ministério. O aumento do limite de crédito e a manutenção das linhas de crédito do plano vigente estão entre as solicitações que faremos – assinalou a analista.
Fonte: Revista Globo Rural