Um bom projeto a médio ou longo prazos depende de uma boa organização do pecuarista, principalmente no que se refere a saber “onde se está” e “aonde se quer chegar”. Saber “onde e está”, o primeiro passo de um planejamento estratégico, significa fazer o “inventário” dos recursos disponíveis, isto é, avaliar área disponível, instalações, rebanho (todas as categorias), alimento (pasto, concentrado, suplementação), mão de obra e máquinas e equipamentos.
Na outra ponta, deve estar a meta pretendida para a propriedade.
- Planejar é projetar um trabalho ou serviço, determinar as metas da atividade e avaliar todos os recursos necessários para alcançá-la. Na pecuária leiteira, o primeiro ponto a ser considerado é uma análise detalhada do que realmente se tem ou do que se pretende ter – afirmam os pesquisadores da Embrapa Gado de Leite Rosangela Zoccal e José Luiz Bellini Leite.
- Planejamento requer saber onde se está (inventário da propriedade) e aonde se quer chegar (meta estabelecida). Tendo o ponto de partida (situação atual mostrada no inventário) e o ponto de chegada (situação desejada), um caminho lógico se apresenta – dizem os pesquisadores.
Antes de decidir sobre qualquer mudança, é importante que o produtor tenha em mãos os indicadores de desempenho zootécnico e econômico da atividade, o que se pode conseguir com a prática simples de tomar nota desses dados. Planilhas podem armazenar, de forma organizada, informações sobre os principais indicadores de desempenho zootécnico,como produção diária de leite; número de vacas em lactação e total de vacas; produção por vaca em lactação (litros/vaca em lactação/dia); produtividade da mão de obra (litros/funcionário/dia); produção por área de pastagem (litros/hectare); consumo de concentrado por litro de leite (quilos/litros), além de índice de fertilidade dos animais (do total de fêmeas cobertas, quantas ficam prenhes); índice de natalidade (proporção de bezerros nascidos em relação a fêmeas em produção); taxa de mortalidade e índice de animais descartados.
Fonte: DBO