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É O FIM DO BACON?

Especialistas brasileiros em câncer afirmam que, embora esteja correta a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de diminuição no consumo de carnes processadas e vermelhas, a ingestão desses alimentos não deve ser tratada como único fator responsável pelo desenvolvimento da doença.

- Não é preciso banir o alimento da dieta. O surgimento do câncer tem fatores genéticos e ambientais, como aalimentação, mas também o cigarro, a obesidade. Não é só comer ou não comer carne. Não é uma matemática – afirma Fábio Guilherme Campos, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e presidente da Sociedade Brasileira de Coloproctologia.

Segundo o especialista, estudos já mostraram que carnes processadas ou vermelhas aumentam o risco de câncer colorretal, mas outros fatores devem ter o mesmo peso na prevenção.

- Já está provado, por exemplo, que o consumo de 25 a 35 gramas diários de fibras protege contra o câncer de intestino. Tão importante quanto reduzir a carne é ingerir mais legumes, frutas e verduras – diz o médico.

Para alcançar a quantidade recomendada de fibras é necessário comer um prato de legumes e uma fruta diariamente.

Já quanto aos limites no consumo de carne, especialistas indicam que a carne vermelha tem valor nutritivo e está liberada em três refeições por semana.

- Já a carne processada não deveria ser consumida mais de duas vezes por mês – diz Carlos Gil, diretor institucional do Grupo Oncologia D’Or.

Ele diz que as carnes processadas são mais prejudiciais ao organismo por conter componentes que favorecem a produção de substâncias que causam lesão no DNA das células, favorecendo a formação de tumores.

- Quem tem casos da doença na família deve ficar ainda mais atento – diz Gil.

Campos, da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, ressalta que, embora comum no país, o câncer de intestinodemora anos para se desenvolver e que uma grande arma para prevenir a doença é a realização da colonoscopia.

- Nesse exame, você consegue retirar o pólipo antes que ele se transforme em câncer – diz.

O exame deve ser iniciado aos 50 anos para a população em geral e aos 40 para pessoas com casos na família.

Fonte: Globo Rural



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