Duas doenças, ainda não identificadas, atingiram as lavouras de trigo na região de Guarapuava (PR) que já estavam prontas para a colheita. Os pesquisadores suspeitam que possa ser uma bacteriose combinada com o fungo da mancha amarela que estão derretendo o trigal da região.
O problema teve inicio nas lavouras de cevada e rapidamente se espalhou para o trigo. As plantas atingidas pela doença ficam com as hastes amareladas, e os grãos endurecem comprometendo a qualidade do produto.
Segundo o presidente do sindicato rural de Guarapuava, Rodolpho Botelho, a safra que apresentava grandes qualidades e produtividade está virando triguilho. "Nos últimos dez dias a doença da macha amarela – que já estava ocorrendo – pode ter se associado a uma bacteriose e agora as aplicações de fungicidas não tem obtido resultados positivos", explica Botelho afirmando que cada aplicação custou em média mil reais por hectare.
Caso a presença da bacteriose se confirme podemos ter perdas significativas na produção, pois não existem agroquímicos de controle registrados para o trigo. Atualmente cerca de 7% de todo o trigo produzido no Estado é cultivado em Guarapuava (PR).
Além disso, em todo o país há registros de problemas com o trigo na safra 2015/16, devido ao excesso de chuvas no Sul. "Com os problemas no Rio Grande do Sul e em parte do Paraná, já se fala em um produção brasileira de 6 milhões de toneladas", destaca o presidente.
Diante desse cenário, Botelho ressalta ainda a importância de investir em tecnologia para desenvolver novos produtos de controle de doenças e potencializar da produção.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor