O dólar operava com leve queda nesta sexta-feira, buscando testar o patamar de 3,10 reais, com o mercado animado com o governo após ter se mostrado comprometido com o cumprimento da meta fiscal deste ano.
O movimento era limitado, no entanto, por compras por parte de alguns investidores aproveitando o baixo patamar da moeda norte-americana.
Às 10:46, o dólar recuava 0,15 por cento, a 3,1220 reais na venda, depois de ter batido 3,1108 reais na mínima do dia. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,15 por cento.
- O governo agiu para compensar a queda de arrecadação neste ano e atingir a meta (fiscal). O mercado gostou, mas agora é preciso olhar mais para a frente, para 2018 e 2019 – afirmou o operador de câmbio da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado.
Na véspera, o governo elevou as alíquotas de PIS/Cofins dos combustíveis e anunciou contingenciamento adicional no Orçamento para este ano, medidas que somam 16 bilhões de reais para tentar garantir o cumprimento da meta de déficit primário.
O mercado entende que o controle das contas públicas é essencial para colocar a economia brasileira na rota de crescimento mais sustentável e o sinal emitido pelo governo, de maior austeridade, trazia conforto aos investidores.
A perspectiva de ingresso de recursos externos via abertura de capital de algumas empresas também continuava favorecendo a trajetória de baixa do dólar. Depois do Carrefour, no começo da semana, nesta sexta-feira acontece a precificação da oferta da Biotoscana.
Estão previstas ainda as aberturas de capital da empresa de tecnologia Tivit Terceirização de Processos, da operadora de planos de saúde Notre Dame, da resseguradora IRB Brasil e da geradora de energia Ômega.
O cenário externo também alimentava o bom humor. O dólar cedia ante uma cesta de moedas nesta sessão, com o euro operando nas máximas de dois anos após os investidores interpretarem que o Banco Central Europeu (BCE) não se mostrou preocupado com a força recente da divisa única.
O Banco Central brasileiro realiza nesta sessão novo leilão de até 8,3 mil swaps cambiais tradicionais –equivalentes à venda futura de dólares– para a rolagem dos contratos que vencem em agosto.
Fonte: Reuters