O dólar atingiu na manhã desta quinta-feira. 20, o valor máximo de R$ 4,388. A moeda norte americana chegou na maior cotação desde o Plano Real durante um pregão. Na quarta, 19, o câmbio também havia renovado a máxima em um fechamento, quando encerrou o dia a R$ R$ 4,365. O mercado reflete o ambiente externo de forte aversão ao risco com a moeda norte-americana ganhando terreno frente às principais divisas pares e de países emergentes. Enquanto isso, o banco central da China cortou a taxa de juros devido ao coronavírus, a doença tem mais vítimas fora do país asiático e as incertezas prevalecem.
Na quarta a noite, o Banco do Povo da China (Pboc), o banco central da China, cortou a taxa principal de empréstimo de um ano para 4,05%, de 4,15%, além da taxa principal de empréstimo de cinco anos e de longo prazo que caiu de 4,80% para 4,75%.
Para a equipe econômica da corretora Commcor, apesar de a decisão ser esperada e seja ‘isoladamente’ positiva, ela não garante bom humor aos mercados que reagem à primeira morte decorrente do coronavírus na Coreia do Sul, enquanto no Japão morreram duas pessoas que estavam em um navio em quarentena. Ao todo, a doença soma 74,5 mil casos confirmados e 2,1 mil mortes na China.
O diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, destaca o movimento de alta da moeda no exterior que avança de maneira generalizada, diz. Enquanto aqui, a moeda deverá seguir em alta mesmo estando nas máximas históricas, ele acrescenta. O economista-chefe de uma corretora local pondera que o dólar continua a desafiar o trabalho do Banco Central que segue sem intervenções no mercado.
Fonte: Canal Rural
