O dólar operava com forte alta ante o real, anulando a queda acumulada nos últimos quatro pregões, diante da cautela com as chances de o governo conseguir votar a reforma da Previdência em breve devido à dificuldade de conquistar apoio político suficiente.
Às 11:08, o dólar avançava 1,87 por cento, a 3,2909 reais na venda, depois de cair 1,26 por cento nos últimos quatro pregões. Na máxima da sessão, foi a 3,2922 reais. O dólar futuro subia 1,68 por cento.
- A situação volta a complicar…Vamos ter que conviver com mais uma sessão de informações desencontradas, o que agrega volatilidade aos mercados – explicou o economista-chefe da corretora Modalmais, Alvaro Bandeira.
Sem votos suficientes para colocar em votação a reforma da Previdência neste ano na Câmara dos Deputados, o governo adiou para esta quinta-feira a decisão de quando vai pautar a matéria.
Essa posição foi tomada em jantar na noite passada promovido pelo presidente Michel Temer no Palácio da Alvorada com a presença de 19 ministros, 7 presidentes de partidos, 18 deputados, boa parte deles líderes de bancada, e o secretário de Previdência Social, Marcelo Caetano.
- Se não houver uma definição sobre o tema ainda este ano, com sua aprovação, o Brasil tende a ter sua nota de crédito rebaixada por agências de classificação de risco, afetando inclusive a política monetária do país – avaliou em nota o operador da Advanced Corretora Alessandro Faganello.
O BC fará novo leilão de até 14 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em janeiro, de 9,638 bilhões de dólares.
Fonte: Reuters